O prejuízo da Varig cresceu quase 1600% e chegou a R$ 1,476 bilhão em 2005 contra R$ 87,1 milhões em 2004. A receita líquida da companhia também registrou queda, fechando 2005 em R$ 6.644 bilhões, enquanto em 2004, chegou a R$ 7.476 bilhões.
Segundo o diretor de Relações com Investidores da Varig, Ricardo Bulara, o resultado se deve a apreciação do real frente ao dólar, já que 60% da receita da companhia é em moeda americana. O impacto também foi causado pela redução da frota e os custos para manter aeronaves paradas, que em 2005 foi de R$ 32 milhões.
O aumento do combustível de aviação também influenciou nos resultados, segundo o diretor da Varig. Enquanto em 2004 o combustível representava 36% dos custos, em 2005 respondeu por 40%. O patrrimônio líquido da empresa (que engloba outros passivos, além da dívida) ficou negativo em R$ 7,9 bilhões em 2005, enquanto em 2004 era de R$ 6,4 bilhões.A dívida da Varig renegociada com credores ficou em R$ 5,8 bilhões em 2005, sendo R$ 3,249 bilhões com o governo federal (a Varig parcelou o débito até julho de 2018), R$ 194 milhões com a Infraero, R$ 57 milhões com a BR, R$ 134 milhões com o Banco do Brasil; R$ 1,086 bilhão com o fundo Aerus e R$ 1,2 bilhão com outros credores. Em 2004, a dívida estava em R$ 5,683 bilhões.
O resultado da atividade (venda de bilhetes menos o custo das operações de vôo) também sofreu impacto do câmbio e dos custos gerais, passando de R$ 540 milhões positivo em 2004 para R$ 104 milhões negativo em 2005.
Segundo Bulara, o atraso na entrega do balanço de 2005 foi provocado por problemas técnicos. Uma das exigências para a criação dos fundos de investimentos e participações (FIP) que fazem parte do processo de recuperação judicial da empresa é a entrega dos balanços. Bulara afirmou que as demonstrações financeiras referentes ao primeiro trimestre deste ano também serão entregues com atraso, mas não vão prejudicar o andamento da criação dos fundos.
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