O primeiro-ministro da Irlanda, Enda Kenny, usou um discurso em rede nacional de televisão neste domingo (27) para pedir aos eleitores que aprovem o pacto fiscal da União Europeia (UE) por larga maioria no referendo que acontecerá na quinta-feira desta semana, ou se arrisquem a mergulhar o país em uma crise parecida a que a Grécia enfrenta.

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Pesquisas de opinião publicadas no sábado e neste domingo (27) indicam que os eleitores irlandeses permanecem furiosos e frustrados com cinco anos de austeridade e que existem poucos sinais de que a economia melhorará em breve.

O desemprego subiu para 14,3% e está nesse patamar desde 2008, quando o governo da Irlanda assumiu dívidas enormes dos bancos para salvar o sistema bancário do colapso.

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Mas as pesquisas indicam que o novo tratado tende a ser aprovado pelo eleitorado, o qual teme que sem o apoio do resto da zona do euro a Irlanda possa enfrentar um turbilhão político e econômico na escala que a Grécia sofre no momento.

No discurso, Kenny repetiu o tema martelado durante o último mês: a aprovação do pacto fiscal da UE ajudará a "modesta" recuperação irlandesa da crise da dívida.

Kenny alertou que a rejeição impediria que a Irlanda tivesse acesso a mais empréstimos da zona do euro, se eles forem necessários quando o atual pacote de resgate ao país expirar no próximo ano.

"Na próxima quinta-feira, no referendo sobre o tratado de estabilidade europeu, vocês serão questionados a tomar uma decisão que terá implicações enormes para o futuro do nosso país", disse, instando os eleitores a votarem. O Reino Unido e a República Checa decidiram não aderir ao pacto em dezembro passado. As informações são da Dow Jones.

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