O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, descartou a adoção de um novo plano de austeridade fiscal no país, afirmando que as medidas anunciadas até agora são suficientes para garantir o cumprimento das metas econômicas.
Segundo ele, a Itália terá um orçamento equilibrado até 2013 e um superávit fiscal equivalente a 5% do Produto Interno Bruto (PIB) naquele ano. Monti confirmou que fará uma reunião com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, na quarta-feira para convencê-la de que a Itália cumprirá as reformas fiscais.
O primeiro-ministro disse que considera o sistema bancário italiano sólido e que parte dele foi afetado negativamente pela notícia de que alguns bancos teriam de levantar capital. Monti também afirmou que o euro não está em crise, mas sofre com a volatilidade.
EFSF
Os governos europeus podem ter de aumentar as garantias para que os investidores forneçam recursos e ampliem o poder de fogo do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF, na sigla em inglês), afirmou Klaus Regling, diretor do fundo, segundo o jornal alemão Bild am Sonntag.
Regling quer oferecer aos investidores uma garantia de 30% sobre os investimentos feitos no EFSF, de acordo com o jornal. A garantia de 20% prevista atualmente não será suficiente para atrair investidores porque não reflete totalmente os riscos ligados ao fundo e ao bloco monetário, afirmou a reportagem.
No ano passado, os líderes europeus decidiram alavancar o EFSF atraindo investidores externos. Aumentar as garantias para 30%, porém, limitaria a capacidade de alavancagem, de acordo com o jornal. O Bild também afirmou que o capital da EFSF fornecido por governos da União Europeia pode subir para 100 bilhões de euros, de 80 bilhões de euros, segundo fontes.