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Consumidor

Preocupação com qualidade chega ao comércio popular

Comércio popular nas ruas de São Paulo: pressão para atender exigências crescentes do público | Maurilio Cheli/EFE
Comércio popular nas ruas de São Paulo: pressão para atender exigências crescentes do público (Foto: Maurilio Cheli/EFE)

Já é comum nas grandes empresas a cultura do bom atendimento, que prevê a "satisfação do cliente" em primeiro lugar e que inclui, ne­­cessariamente, o cumprimento do Código de Defesa do Consu­­midor. Agora, uma iniciativa da ong Agência Consumidor Popular em parceria com o Instituto Justiça do Consumidor (IJC) quer disseminar a prática de conscientização e estimular o reforço desses direitos nas micro e pequenas empresas brasileiras, através do selo de certificação "Empresa Pró-Consumidor".

A ideia é fazer da defesa do consumidor uma campanha institucional em pequenos negócios de abrangência local, como padarias, mercearias, salões de beleza ou mesmo "botecos" para que este ti­­po de comércio previna e se antecipe à resolução de problemas de­­cor­­rentes das relações de consumo.

"Há uma pressão muito grande de novos consumidores, mas as empresas reagem de maneira ‘vegetativa’. Hoje os produtos com bens duráveis são comprados em parcelas, mas quando apresentam defeitos a indicação é sempre a mesma: procure a assistência técnica. É preciso se adiantar de maneira ‘agressiva’ para resolver as exigências desse público", diz o diretor da Agência Consumidor Popular, Marco Roza.

Segundo ele, muito mais do que gerar custos, essa cultura pode garantir um retorno para o negócio. "Mais do que uma cultura, é preciso criar uma atitude de ter a pré-disposição de prevenir e resolver os problemas de consumo. Se a mercadoria comprada na sua loja veio com defeito, a questão é da assistência técnica ou deve ser também da empresa? É preciso ter em mente que na outra ponta está o cliente, que é quem sustenta o negócio", afirma.

Roza garante que, no caso de um defeito qualquer em um produto eletroeletrônico, a simples disposição do lojista junto aos fornecedores pode solucionar em questão de dias problemas que demorariam semanas ou mesmo meses pelos trâmites normais.

Selo

O processo de certificação com o selo "Empresa Pró-Consumidor" não tem custo para os empresários e está disponível para negócios instalados em todo o país. Após um levantamento da situação atual do estabelecimento em relação ao encaminhamento dos problemas de consumo, os consultores – advogados e especialistas em direitos do consumidor – estabelecem um plano de ações e os critérios que devem ser seguidos.

O IJC não divulga o número de empresas interessadas em aderirem ao projeto. Mesmo assim, o instituto pretende manter um banco de dados de acesso público na internet com as empresas certificadas com o selo. A relação de empresas também será divulgada junto às entidades de consumidores, sites de reclamações e redes sociais."É preciso, acima de tudo, o compromisso de resolver de maneira preventiva questões que envolvam o consumidor", explica.

Serviço:

Para mais informações sobre o programa e para saber como conseguir o selo entre em contato com a Agência Consumidor Popular pelo telefone 0800 111 239.

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