(Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira que a inflação de 2015 “preocupa bastante” e o governo está tomando todas as medidas para estabilizar a situação, uma vez que o país não pode conviver com uma taxa alta de inflação.
“A inflação é um objetivo que nós temos de derrubar e derrubar logo. O Brasil não pode conviver com uma taxa alta de inflação, não pode e não vai”, disse Dilma a repórteres após retiro dos chefes de Estado e de governo da 2ª Cúpula UE-Celac em Bruxelas.
“A inflação neste ano é uma inflação atípica. O Brasil está tomando todas as medidas para se fortalecer macroeconomicamente para construir uma situação estável”, acrescentou a presidente, um dia depois de ter sido divulgada taxa de inflação mais alta em 11 anos no acumulado em 12 meses.
A inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acelerou a 0,74 por cento em maio na comparação mensal e subiu a 8,47 por cento em 12 meses, o nível mais alto em mais de 11 anos.
Os resultados vieram mesmo após a sequência de altas dos juros feita recentemente pelo Banco Central para domar a escalada dos preços e colocam mais pressão sobre a autoridade monetária.
Para Dilma, a causa da inflação atual é conjuntural, e não estrutural. “De um lado a seca, do outro lado, é o fato de que nós, além disso, sofremos as consequências do ajuste cambial. Esse ajuste cambial não somos nós que provocamos, nós sofremos o efeito dele”, disse.
Dilma defendeu ainda que a população deve continuar consumindo, apesar da inflação.
(Texto de Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)
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