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A relação entre desenvolvimento e o meio ambiente está ligada ao conceito de qualidade de vida. Toda sociedade quer produzir mercadorias e gerar riqueza para que as pessoas vivam melhor. Ao mesmo tempo, precisa preservar os recursos naturais para sobreviver por um período longo. "Há um mito de que as duas coisas não convivem, de que a pressão sobre os recursos naturais é a única fonte para o crescimento", diz o economista Carlos Young, especialista em questões ambientais e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Young diz que são comuns os casos em que a ação sobre o meio ambiente é predatória e não leva ao enriquecimento de uma região. "Não há ligação comprovada, por exemplo, entre desmatamento e desenvolvimento econômico", diz. É o caso da Zona da Mata, na Região Nordeste – foi a primeira região a ser desmatada no Brasil Colônia e hoje é uma das mais pobres do país. O economista afirma que a exploração mais crua dos recursos naturais leva a um surto inicial de crescimento. Ele dura pouco e se enfraquece assim que a produção entra em declínio. "É o que acontece em um garimpo ou em uma área de desmatamento", diz. Segundo ele, esse fenômeno se repete na agricultura, na pecuária e em setores da indústria que não se preocupam com a sustentabilidade do negócio. (GO)

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