O presidente do Grupo CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), Wilson Ferreira Júnior, disse nesta terça-feira (8) que não há risco de apagão ou racionamento de energia no país.
Ele observou que o governo já acionou as termelétricas para complementar a geração das hidroelétricas e permitir a recomposição dos reservatórios de água, que estão em nível muito baixo.
"Não há risco nesse momento de racionamento. Nós temos uma capacidade térmica quase quatro vezes maior do que tínhamos naquela época do racionamento [2001]", disse o executivo ao chegar ao Ministério da Fazenda.
"Nós estamos começando um período de chuvas, não há razão para que a gente tenha pânico no momento", acrescentou.
Ferreira veio ao Ministério da Fazenda para conversar com o ministro interino, Nelson Barbosa, sobre o cronograma de aquisição do Grupo Rede pela CPFL em parceria com o Grupo Equatorial.
Segundo o presidente da CPFL, todo o processo deve estar concluído até junho.
"Temos 60 dias para apresentar o plano aos credores e os credores têm mais 120 para responder. Se formos seguir ao pé da letra, a operação pode ter 180 dias. Obviamente, queremos fazer isso mais rápido possível", afirmou.
Os grupos CPFL e Equatorial fecharam acordo em dezembro para comprar o Grupo Rede por R$ 1, valor simbólico pago ao atual controlador, o empresário Jorge Queiroz Moares Junior.
As empresas do Grupo Rede acumulam dívidas de quase R$ 10 bilhões.
A CPFL e Equatorial não aceitavam entrar no negócio assumindo um passivo tão grande. Com a recuperação judicial, aprovada em dezembro pela Justiça, será possível renegociar com credores para reduzir o valor da dívida.