O presidente da MMX, empresa de mineração do grupo EBX, do empresário Eike Batista, admitiu nesta terça-feira que o grupo encontra problemas para obter crédito e a companhia passa por um momento de dificuldades.
Carlos Gonzalez diz que o impasse agrava a situação da MMX, que também enfrenta outras dificuldades como as oscilações do preço do minério de ferro. Na segunda-feira (29), a mineradora de Eike anunciou prejuízo líquido de R$ 55,2 milhões primeiro trimestre, ante lucro de R$ 49,3 milhões há um ano. O Ebtida (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização no período) foi de R$ 6,26 milhões no período, retração de 11% na comparação anual.
"Além da revisão de plano de negócios, estamos buscando melhorias e aumento de eficiência", afirmou Gonzalez em teleconferência com analistas. A companhia anunciou neste mês a alteração no plano de negócios para reduzir o risco de execução financeira do projeto de expansão de Serra Azul. O objetivo é preservar seu caixa, de R$ 1,2 bilhão.
A expansão de Serra Azul prevê investimentos de R$ 4,8 bilhões, sem considerar possíveis contingências e benefícios fiscais. A usina de beneficiamento e suas estruturas já estão licenciadas, já a barragem de rejeitos estão em processo de licenciamento ambiental. A previsão era de que a licença sairia até agosto, mas o prazo foi estendido para dezembro.
FocoO executivo afirmou que a MMX está focada agora na implantação do Superporto Sudeste, que está sendo construído em Itaguaí, região metropolitana do Rio."Estamos entrando com muita força na entrega do porto, o que deve ocorrer até dezembro. Essa é a nossa prioridade agora".
No trimestre, os investimentos da MMX somaram R$ 660,2 milhões, sendo R$ 135,8 milhões no Superporto Sudeste e R$ 524,4 milhões na Unidade de Serra Azul.Segundo o executivo, as obras estão avançadas. "No último mês foi criada uma divisão de atividade e uma diretoria especializada na implantação".
FerroNos primeiros três meses do ano, a companhia produziu 1,5 milhão de toneladas de minério de ferro, queda de 1% na comparação com o mesmo período no ano anterior e de 7% em relação aos últimos três meses de 2012. O volume de vendas somou 1,4 milhão de toneladas, queda de 2% ante o primeiro trimestre de 2012 e de 28% na comparação com o período imediatamente anterior.
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