Satisfeito com a recente alta do preço da tonelada de minério de ferro, que saltou de US$ 90 em setembro para US$ 150 neste mês, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, diz acreditar que 2013 será um ano de menos volatilidade no valor da principal commodity negociada pela empresa brasileira com Ásia, Oriente Médio e Europa.

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Apesar de considerar que a recuperação dos preços é importante, Ferreira foi enfático ao dizer que o cenário não é tão promissor quanto o experimentado no passado recente.

"Não estou vendo um cenário nem tão pessimista como nós tivemos em setembro do ano passado e nem tão exuberante como nós tivemos em alguns meses de 2008 e 2010, quando ele chegou a US$ 200", disse Ferreira. "Acho que a faixa de preço será muito mais limitada com menos volatilidade."

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Para o presidente da Vale, a alta no preço do minério registrada em janeiro foi impulsionada principalmente pela Ásia, que aumentou investimentos na construção civil e em equipamentos pesados. Há ainda um movimento de recuperação de estoques de minério de ferro na Europa e uma demanda mais acentuada de aço na China.

Ele se reuniu nesta quinta-feira (10) com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, e disse ter feito uma atualização dos principais investimentos e projetos da Vale no Brasil -inclusive da recém-inaugurada planta de cobre no Pará que será ampliada e terá capacidade de 200 mil toneladas.

"Cobre é um material que não é abundante no Brasil", disse o executivo. "Esse resultado nos deixa bastante animados."

Questionado se tem receio de desabastecimento de energia diante dos baixos níveis dos reservatórios, o presidente da Vale disse que a empresa "desinvestiu no negócio alumínio, que é um grande consumidor energia".

Ele afirmou que não tratou do tema com a presidente, mas ponderou que esteve recentemente com o presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Jr. "Não percebi nenhum desassossego da parte do Wilson", disse.

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