Uma integração econômica global "sem precedentes" poderia elevar a qualidade de vida e reduzir a pobreza, mas os benefícios poderiam ser limitados por causa das tensões geopolíticas ou pelo protecionismo, afirmou nesta sexta-feira o presidente do Banco Central dos EUA (Fed), Ben Bernanke.
- A escala e o ritmo do atual da globalização não têm precedentes - disse Bernanke em discurso em simpósio econômico em Jackson Hole, no Estado de Wyoming.
- As mudanças econômicas e tecnológicas prova-velmente reduzirão ainda mais a distância real nos próximos anos, criando o potencial de contínuas melhoras na produtividade e nos padrões de vida, além de uma redução na pobreza mundial - acrescentou.
Durante o discurso, Bernanke não falou sobre o panorama atual da economia americana nem sobre a política monetária do BC.
A expectativa dos mercados de todo o mundo era de que Bernanke desse uma pista sobre os novos rumos da política monetária do país. Entretanto, os comentários não apresentaram esse panorama e a atual dúvida persiste: A economia americana está em um estágio de "pouso suave" ou entrando em uma recessão.
Depois de dois anos de alta nas taxas, o Comitê de Mercado Aberto do Federal Reserve decidiu manter os juros em 5,25% ao ano.