Em campanha para a diretoria do Fundo Monetário Internacional (FMI), o presidente do Banco Central do México, Agustín Carstens se reuniu nesta quinta-feira (10) com autoridades indianas, incluindo o primeiro-ministro, Manmohan Singh. Carstens descreveu a interação com os membros do governo indiano como "muito positiva", embora não tenha recebido qualquer apoio oficial a sua candidatura.
Carstens, numa entrevista ao Wall Street Journal, disse que ele e Singh compartilharam "muitas visões comuns" sobre os desafios enfrentados pelos mercados emergentes, bem como a crença de que o processo de seleção para o próximo diretor do FMI deverá ser baseada no mérito.
"Nós temos dito que precisamos de uma representação maior, que nossa voz precisa ser ouvida e que temos alguma coisa para contribuir", afirmou o presidente do BC mexicano. "Então meu incentivo aos mercados emergentes é justamente o de agir de acordo com o que eles têm proclamado."
Ao descrever seu encontro com Singh, Carstens afirmou que eles discutiram a "enorme lacuna" existente entre a grande contribuição dos países em desenvolvimento para o Produto Interno Bruto (PIB) mundial e sua participação relativamente pequena no FMI. "Isso precisa ser estreitado", disse ele, acrescentando que espera que a Índia tenha papel e representação maiores na principal instituição financeira do mundo.
A Índia é a primeira parada na Ásia da viagem mundial do presidente do BC mexicano, que já visitou Brasil, Canadá e China. O país recusou-se até agora a apoiar publicamente qualquer candidato na corrida para ocupar a diretoria do FMI, que está vaga desde que o ex-diretor-gerente da instituição Dominique Strauss-Kahn deixou o cargo no mês passado depois de ser acusado de abusar sexualmente de uma empregada doméstica em um hotel de Nova York.
Carstens visitará a China na próxima semana, segundo informações da embaixada mexicana. Ele se encontrará com o presidente do Banco do Povo da China (PBOC, banco central do país), Zhou Xiaochuan, o ministro das Finanças chinês, Xie Xuren, para discutir sua candidatura.
Carstens compete com a ministra das Finanças da França, Christine Lagarde, vista como a principal candidata para a diretoria do Fundo. Christine, que está na África onde participou de uma conferência do Banco Africano de Desenvolvimento, recebeu hoje apoio da ministra para Planejamento Econômico e Integração da Guiné-Bissau, Helena Embalo, para sua candidatura.
Embalo disse que conversou com Christine numa reunião bilateral sobre a candidatura para a diretoria do FMI. "Ela tem todo o nosso suporte", acrescentou. O prazo final para a apresentação de candidaturas para o cargo máximo do FMI expira hoje e a instituição deve anunciar seu novo líder até 30 de junho. As informações são da Dow Jones.
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