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O presidente do Banco Central suíço, Philipp Hildebrand, anunciou nesta segunda-feira (9) sua demissão com efeito imediato, após se ver envolvido em um escândalo devido a uma polêmica no mercado de divisas, que minou sua reputação.

Hildebrand deixou a vice-presidência do Conselho de Estabilidade Financeira (FSB), órgão regulador encarregado de reformar o sistema bancário internacional, para o qual foi nomeado em novembro de 2011.

O anúncio fez o franço suíço subir momentaneamente perante o euro, que às 14h30 era comprado a 1,2106 franco por euro, antes de voltar a cair para 1,2138 EUR/CHF.

Hildebrand, assim como o presidente do conselho do Banco Nacional Suíço (BNS), Hansueli Raggenbass, e a presidente da Confederação, Eveline Widmer-Schlumpf, se submeteriam a um interrogatório de uma comissão parlamentar.

O chefe do instituto emissor foi obrigado a explicar publicamente as várias revelações feitas pela imprensa suíça sobre sua fortuna pessoal e as transações feitas por ele e sua esposa.

Esta última, Kashya Hildebrand, é uma ex-corretora de divisas americano-suíça de origem paquistanesa. Ela trabalhou mais de 15 anos no setor bancário antes de abrir uma galeria de arte contemporânea em Zurique.

O escândalo surgiu após uma operação feita pela esposa de Hildebrand em 15 de agosto passado. Aproveitando a fragilidade da moeda americana perante o franco suíço, ela comprou meio milhão de dólares.

O problema é que em 6 de setembro, o BNS fixou uma taxa de câmbio mínima para o franco, fazendo o dólar subir. O casal vendeu meio milhão de dólares em outubro com lucro de mais de 60.000 francos suíços (49.000 euros no câmbio atual). Esta cifra foi doada a obras beneficentes.

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