O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reconheceu hoje que o setor de serviços tem um ritmo de expansão moderado em comparação aos anos anteriores, o que ele considerou um processo normal de acomodação. Após lembrar que a agricultura deve bater o recorde de produção de grãos este ano, ele admitiu que não se pode descartar um recuo na produção industrial em 2014.

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Nesse sentido, Tombini disse que a avaliação do BC é de que o ritmo de expansão da atividade econômica em 2014 tende a ser menos intenso que o de 2013, mostrando variação próxima da estabilidade no primeiro semestre e recuperação no segundo semestre. "Passado o período de ajuste, o crescimento tende a voltar ao patamar mais próximo do PIB potencial. As concessões de infraestrutura e logística gerarão mais competitividade em todos os segmentos", completou.

Segundo ele, em prazos mais longos se fortalecerá a base para investimentos maiores na economia. "Teremos ganhos de produtividade e taxas de crescimento do PIB em patamares mais elevados", reforçou.

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Tombini citou ainda que as quedas na taxa de desemprego na última década refletem mudanças na demanda e na oferta do mercado de trabalho. "A economia continua gerando empregos, principalmente no setor de serviços e a renda do trabalhador continua crescendo", destacou. As declarações foram dadas na manhã de hoje durante apresentação na audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

PIB

Depois de ser questionado por senadores sobre a piora nas expectativas de crescimento da economia brasileira, Tombini, argumentou que a revisão de perspectiva de PIB tem ocorrido em vários países. "A revisão tem sido generalizada. Não é fato isolado, não é algo que diz respeito somente ao Brasil", disse.

"A revisão do crescimento tem sido mais uma norma do que exceção nas principais economias do G20. Se olharmos desde o início do ano, houve dramática revisão de várias perspectivas de crescimento de economias avançadas e emergentes", disse. "Algum fator comum deve haver para explicar a direção das revisões que vimos", completou.