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O Chairman do Federal Reserve Ben Bernanke (D) caminha com o presidente do Banco Central Europeu Jean-Claude Trichet no simpósio de economia política do Federal Reserva Bank of Kansas City, em Jackson Hole, Wyoming. Bernanke não sinalizou mais medidas para estimular o crescimento dos Estados Unidos, mas disse que é crucial para a saúde da economia reduzir o desemprego | REUTERS/Price Chambers
O Chairman do Federal Reserve Ben Bernanke (D) caminha com o presidente do Banco Central Europeu Jean-Claude Trichet no simpósio de economia política do Federal Reserva Bank of Kansas City, em Jackson Hole, Wyoming. Bernanke não sinalizou mais medidas para estimular o crescimento dos Estados Unidos, mas disse que é crucial para a saúde da economia reduzir o desemprego| Foto: REUTERS/Price Chambers

O presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, afirmou nesta sexta-feira que o banco central dos EUA está pronto para dar mais suporte para a economia persistentemente fraca, mas não indicou que qualquer movimento é iminente.

Em um discurso muito esperado para formadores de política reunidos em Jackson Hole, Wyoming (EUA), Bernanke não entrou em detalhes sobre os instrumentos do Fed para estimular a economia, o que poderia ter sido um sinal de que o Fed está prestes a tomar alguma ação. Em vez disso, Bernanke disse que o Fed estenderá a reunião de meados de setembro para dois dias para discutir as opções que o banco central pode usar.

"O Comitê (de política monetária) vai continuar avaliando as perspectivas econômicas à luz das próximas informações e está preparado para empregar seus instrumentos conforme o apropriado para promover uma recuperação econômica mais forte em um contexto de estabilidade de preços", afirmou Bernanke.

O mais recente sinal de problemas para a economia norte-americana veio hoje, quando o Departamento do Comércio revisou para baixo a já fraca estimativa de crescimento dos EUA no segundo trimestre deste ano. O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu apenas 1,0%, em vez de 1,3% como calculado inicialmente.

Bernanke afirmou que a recuperação dos EUA, que agora já se estende por mais de dois anos e meio, continua sendo modesta. A autoridade admitiu que o ritmo do crescimento tem sido mais lento do que o Fed esperava. No entanto, se mostrou mais otimista sobre o longo prazo.

"Embora problemas importantes certamente existam, os fundamentos do crescimento dos EUA não parecem ter sido alterados permanentemente pelos choques dos últimos quatro anos", declarou Bernanke.

Os bancos dos EUA estão muito mais saudáveis agora, o setor de manufatura cresceu 15% desde o nível mais baixo e as famílias têm feito progresso na melhoria de seus balanços financeiros, destacou Bernanke. Ainda assim, ele alertou que o estresse financeiro continua sendo um peso significativo sobre a recuperação tanto dos EUA quanto do exterior.

Bernanke afirmou esperar que a inflação fique em ou abaixo de 2% em seguida à moderação da alta dos preços do petróleo e de outras commodities globais.

O presidente do Fed também disse que a política do Fed não pode fazer muito pela tendência de longo prazo da economia e pediu que o Congresso dos EUA resolvam a questão do déficit orçamentário de uma forma que não prejudique a economia. Segundo Bernanke, os EUA precisam de um melhor processo de tomada de decisão fiscal. As informações são da Dow Jones.

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