O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, recomendou nesta quinta-feira (6) que as pessoas físicas, e também as empresas, tenham "cautela" com relação ao patamar do dólar. Segundo ele, o câmbio flutua para os dois lados, ou seja, o dólar cai, mas também pode subir. Em caso de aumento da cotação do dólar, lembrou ele, as dívidas em moeda estrangeira ficam mais caras.

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"O câmbio flutua para os dois lados. Os cidadãos e empresas têm de ter cautela quando assumem compromissos em moeda estrangeira. É sempre bom lembrar que uma tendência de curto prazo não quer dizer que vá se prolongar no tempo. Essa coisa pode mudar. As empresas têm de ter noção que o câmbio flutua para os dois lados", declarou ele.

Nesta quinta-feira pela manhã, o Banco Central anunciou uma medida para tentar baixar a posição vendida dos bancos no mercado de câmbio, que alcançou a marca de US$ 16,8 bilhões no mês de dezembro, e, com isso, frear indiretamente a queda do dólar.

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Segundo ele, a medida anunciada pelo Banco Central busca "redimensionar" essa posição vendida das instituições financeiras. "Quando as posições de cada uma das instituições são agregadas, o tamanho da posição era de quase US$ 17 bilhões em dezembro. Temos um mercado à vista que gira em torno de US$ 2 bilhões por dia. O BC entendeu que essa posição vendida estava superdimensionada em relação ao giro do mercado", explicou ele.

Com o início do compulsório, que vale a partir de abril, Tombini avaliou que as posições vendidas dos bancos ficarão mais "em linha" com o chamado "giro" do mercado à vista de câmbio. "O BC toma as medidas quando decide por tomá-las. Esse foi o momento adequado e adotamos essa medida", acrescentou.

Ele disse ainda que o Brasil continua aberto aos investimentos e aos fluxos internacionais de recursos. Acrescentou que o Brasil tem atuado ativamente no cenário internacional. "O Brasil tem defendido, entre outras coisas, a adoção de medidas prudenciais para assegurar a estabilidade das economias emergentes, que têm crescido mais do que a média mundial, e são mais abertas. Para que a estabilidade financeira seja assegurada e para que esses fluxos extraordinários não criem problemas para o futuro. O Brasil continua sendo uma economia aberta aos investimentos estrangeiros e aos fluxos internacionais", disse Tombini.