O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, defendeu em entrevista publicada nesta quinta-feira (22) no jornal "O Estado de S. Paulo" as condições políticas do BC de retomar a alta da taxa de juros, a Selic, depois de momentos em que houve "exacerbação" e "passionalização" nos comentários sobre a atuação da instituição, mas não tem dúvidas: as pressões continuarão.
"Com certeza, restará a controvérsia com aqueles que pensam que política monetária correta é aquela unidirecional: Selic boa é Selic cadente." Ao mesmo tempo, garante: "Nenhum Banco Central sobe juros mais que o necessário para manter a inflação na meta".
"O BC no Brasil age rigorosamente segundo o arcabouço do sistema de metas e trabalha de acordo com o seu cenário prospectivo de inflação", afirmou Meirelles.
"Não há meio-termo no regime metas de inflação. Ou adota-se uma política monetária visando a atingir a meta ou não há meta e, sim, outro regime. Além disso, é evidente que nenhum BC decide subir juros mais do que o necessário para manter a inflação na meta. O histórico dos últimos 7 anos mostra que a inflação situou-se ora acima, ora abaixo do centro da meta, dentro do que foi determinado pelo CMN", completou o presidente do BC.
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