Sob impacto do aumento das cotações do dólar, as companhias aéreas voltaram a pedir um pacote de socorro ao governo. Sem desonerações e medidas que reduzam o custo do querosene de aviação, diz a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), os preços das passagens continuarão aumentando. O ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, pediu dez dias para analisar os pedidos, mas adiantou que o governo não poderá atender todos os pleitos.
"Nossa primeira demanda é por uma nova fórmula de calcular o preço do querosene, que o aproxime do custo internacional", afirmou o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, após reunião com autoridades na SAC. O executivo também pediu a unificação do imposto estadual (ICMS) em 6%. Atualmente, as alíquotas variam de 12% a 25%, a depender do estado. A escalada do combustível é o principal alvo de queixa dos empresários. "Nosso querosene tem um custo entre 30% e 40% maior do que o verificado em países com quantidade de passageiros semelhante ao Brasil. Por outro lado, nossa tarifa média é de US$ 100, uma das mais baixas desse grupo de países", afirmou o diretor-presidente da Gol, Paulo Kakinoff.
O ministro adiantou que dificilmente as companhias obterão uma nova fórmula de cálculo do querosene. A questão, ressaltou, depende da Petrobras, que vem pedindo ao governo reajuste dos combustíveis.
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