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Pressionado, Walmart começa a promover “superofertas” e a cogitar mais atacarejos

Unidade do Mercadorama do bairro Jardim das Américas, em Curitiba, transformada em Walmart em outubro de 2017. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Unidade do Mercadorama do bairro Jardim das Américas, em Curitiba, transformada em Walmart em outubro de 2017. (Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)

Seis meses após passar a ser controlado pela empresa de private equity Advent, o Walmart começa a mudar sua política de preços: se antes estes eram estáveis e não eram realizadas promoções, nas últimas semanas a rede passou a promover uma política “agressiva” de descontos e ofertas – produtos de limpeza e beleza, por exemplo, já têm descontos de 50% na compra de um segundo item. 

Citando uma fonte anônima, o jornal Valor Econômico diz que a mudança na estratégia vem após o baixo crescimento nas vendas no segundo semestre de 2018. Não foi uma mudança repentina. Antes de o atual presidente da rede no Brasil, Luiz Fazzio, assumir o posto, em agosto, a gestão anterior já começava a abandonar o antigo modelo de precificação, pressionada pelas promoções do grupo Pão de Açúcar e Carrefour.

A estratégia de preços seguia o conceito norte-americano “Every Day Low Price”, que promete aos consumidores sempre os preços mais baixos dos produtos e sua manutenção constante, sem que sejam ofertados itens a ocasionais preços mais baixos. O Walmart foi pioneiro em implementa-lo nos Estados Unidos.

As mudanças não param por aí. A estrutura comercial e o sistema de tecnologia da rede também estão sendo revistos e, ainda segundo o Valor, os hipermercados do Walmart podem vir a ser transformados em unidades do Maxxi Atacado, rede de atacarejo do mesmo grupo, ainda neste ano. Hoje são 43 unidades do Maxxi no país e 130 com as marcas Walmart, BIG e Hiper Bompreço.

Tal mudança é esperada desde que a venda das operações do Walmart foi anunciada, em junho do ano passado. A ideia inicial era de somente as unidades não lucrativas da marca passassem pela transformação.

Outro ponto que deve vir a sofrer mudanças é o número de marcas sob o guarda-chuva do Walmart – são nove no total, que somam 437 lojas no país. Entre 2016 e 2017, um projeto de transformação de marcas regionais na região Nordeste e Sul chegou a ser anunciado, mas não foi continuado.

Uma das medidas em avaliação é de vir a usar nacionalmente a marca Bompreço, que tem foco na região nordeste e foi adquirida pelo Walmart em 2004, apontou também o jornal.

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