Mikko Hypponen, pesquisador-chefe da F-Secure, multinacional finlandesa de segurança eletrônica, explica que um ataque cibernético pode custar pouco mais de US$ 100 por dia para interessados em causar o caos. Basta encontrar alguém disposto a alugar redes de computadores comprometidas, em que PCs zumbis são usados para engrossar eventuais operações DDOS.

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"Há indícios de que esse procedimento falou bem alto no caso da Estônia. Mais preocupante, porém, é o uso dessas táticas por organizações criminosas. No ano passado, a polícia russa descobriu uma gangue que derrubava sites de empresas e lojas para depois extorqui-las como prevenção para novos ataques. Ganharam US$ 4 milhões antes de serem presos", conta Hypponen. Como defesa, governos e corporações gastam fortunas em segurança da informação, ainda que analistas vejam muito mais reações do que prevenções nesse sentido.

McLean alerta para o fato de que muita gente sequer sabe da existência de vírus e programas que podem usar simplórios computadores pessoais para ataques, mas lembra que há uma maneira simples de dificultar a vida dos vilões. "Quem tiver um computador com antivírus e firewall atualizados certamente está sob ameaça muito menor. E é inacreditável como ainda há gente achando que isso é apenas papo para vender software", acrescenta o professor.

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Tanto ele quanto Hypponen, porém, admitem que a tecnologia do bem ainda está defasada em relação à do mal. Ainda é impossível detectar com boa antecedência o tipo de tráfego que chega a um website. E a própria natureza do meio torna missões de patrulhamento algo mais complicado do que descobrir agulha num palheiro. "Com a internet, revolucionamos diversos aspectos de nossas vidas, mas também criamos um monstro", conclui o finlandês.