Puxado por alimentos, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é considerado uma prévia da inflação oficial no país, ficou em 1,42% em fevereiro, acelerando frente a janeiro, quando ficou em 0,92%. O resultado acumulado em doze meses ficou em 10,84%. Nos dois primeiros meses do ano, a taxa está em 2,35%.
A alta de preços no IPCA-15 de fevereiro foi puxada por alimentos, que subiram 1,92% e responderam por 0,49 ponto percentual da taxa de 1,42%, quase um terço. Em seguida, quem mais subiu foi o grupo Transportes, com expansão de 1,65% dos preços e fatia de 0,30 ponto percentual. Já o grupo Educação teve alta de 5,91% no IPCA-15 de fevereiro. Esse aumento foi influenciado pelo reajuste das mensalidades escolares no início de ano. O salto nos preços de cursos regulares foi de 7,41%.
O resultado veio acima da expectativa dos analistas. O banco Bradesco previa que o IPCA-15 ficasse em 1,30%, pressionado produtos alimentícios e pelo reajuste das tarifas de transporte público.
Ônibus
Na alta do grupo de transportes, pressionou o aumento de ônibus urbano, de 5,69%. A taxa é reflexo de reajustes nas tarifas em Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Curitiba, Salvador e Goiânia.
Levantamento feito semanalmente pelo Banco Central (BC) com analistas do mercado financeiro registrou a oitava alta seguida para a previsão de inflação deste ano. O relatório Focus divulgado ontem mostrou que o IPCA deve fechar o ano em 7,62% — cada vez mais longe da possibilidade de cumprimento da meta estabelecida pelo governo, que é de 4,5%, com variação de dois pontos para cima ou para baixo.
O IPCA-15 segue a mesma metodologia do IPCA, que é o índice usado pelo governo na meta de inflação do país. As únicas diferenças são o período de coleta de preços e a abrangência geográfica.