O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), uma prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,46% em maio, segundo informou o IBGE nesta quarta-feira (22). Em abril, o índice superou as expectativas dos analistas e chegou a 0,51% na comparação mensal. Em doze meses, o avanço do IPCA-15, que coleta preços do dia 15 do mês anterior, aproximadamente, ao dia 15 do mês de referência é de 6,46%.

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O item remédios foi destacado pelo IBGE como o que liderou os principais impactos na IPCA-15 de maio. A alta de 2,94%, após 0 93% em abril, refletiu o reajuste vigente desde 4 de abril, de 2,70% a 6,31%. Com isso, "os remédios levaram saúde e cuidados pessoais ao mais elevado resultado de grupo, atingindo 1,30% contra 0,63% do mês anterior", informou o IBGE.

Já os alimentos e bebidas desaceleraram de 1,00%, em abril, para 0,47%, em maio. Este foi o grupo que mais contribuiu para a desaceleração do IPCA-15 na passagem do mês. O impacto do grupo passou de 0,24 ponto porcentual para 0,12 ponto porcentual.

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Vários produtos apresentaram desaceleração. Entre os destaques estão o açúcar refinado (-6,46%) e o cristal (-2,37%), além do óleo de soja (-2,23%), café (-1,92%), arroz (-1,78%), frango (-1 72%) e carnes (-0,75%).

O IBGE ainda deu destaque ao tomate, "cujos preços chegaram a cair 12,42% no mês". Em contrapartida, outros produtos importantes no orçamento tiveram aumentos significativos, como o feijão carioca (10,13%), cebola (5,63%), batata inglesa (5,45%), leite em pó (3,32%), leite longa vida (3,14%), frutas (2,33%) e pão francês (1,50%).

Outros indicadores

Nesta semana, o boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC) mostrou que os economistas das principais instituições financeiras continuam apostando que a inflação fique em 5,80% neste ano e em 2014. Para os próximos 12 meses, no entanto, as projeções foram elevadas de 5,57% para 5,64%. Para o crescimento do país, os analistas reduziram suas expectativas para abaixo do patamar de 3%, sustentando há cinco semanas. Agora, eles acreditam que o PIB do país vai avançar 2,98% em 2012.

Neste mês, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) mostrou que a atividade econômica acelerou no primeiro trimestre, registrando expansão de 1,05% ante o último trimestre de 2012. Mas ainda não se aposta numa recuperação robusta. Em 29 de maio, serão divulgados os dados oficiais do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) de janeiro a março.

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A produção industrial, importante componente do PIB, registrou avanço de 0,7% frente a fevereiro, mas um recuo de 3,3% em relação a 2012.