O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é considerado uma prévia da inflação oficial no país, ficou em 0,43% em março, menor taxa para o mês desde 2012 (0,25%). Houve desaceleração frente a fevereiro, quando ficou em 1,42%, e na comparação com o 1,24% registrado em março do ano passado. Já o resultado acumulado em doze meses ficou em 9,95%, saindo da casa dos dois dígitos. Nos três primeiros meses do ano, a taxa está em 2,79%.
O resultado veio abaixo da expectativa dos analistas, graças a uma menor pressão dos alimentos e ao efeito da redução da bandeira tarifária sobre a conta de luz. O banco Bradesco, por exemplo, previa que o IPCA-15 ficasse em 0,53%.
De acordo com o IBGE, dos nove grupos pesquisados, somente dois aceleraram frente a fevereiro: artigos de residência, que passou de 0,86% a 0,88%, e vestuário, que subiu de 0,14% a 0,44%.
Responsáveis por 46% do índice do mês, com impacto de 0,20 ponto percentual, os alimentos desaceleraram fortemente. A taxa foi reduzida de 1,92% em fevereiro para 0,77% em março. Segundo o IBGE, vários itens registraram queda de preços, como tomate (-19,21%) e batata-inglesa (-4,61%). Outros, no entanto, mantiveram a alta, como cenoura (24,08%), frutas (6,11%) e farinha de mandioca (5,94%).
Com alta de 1,23%, os combustíveis tiveram o impacto individual sobre o IPCA-15, de 0,07 ponto percentual. O preço do litro da gasolina registrou elevação de 0,82%, enquanto o do etanol subiu 3,20%. Salvador foi a capital onde encher o tanque ficou mais caro: 5,45% no caso da gasolina e 9,27%, no do etanol.
Outras altas relevantes foram de cigarro (3,26%); motocicleta (2,85%); TV, som e informática (2,11%); eletrodomésticos (1,89%); artigos de limpeza (1,49%); plano de saúde (1,06%); ônibus urbano (0,76%); e empregado doméstico (0,72%).
O IPCA-15 segue a mesma metodologia do IPCA, que é o índice usado pelo governo na meta de inflação do país. As únicas diferenças são o período de coleta de preços e a abrangência geográfica.
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