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Previdência privada tem crescimento de 32%

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O mercado de previdência privada aberta fechou o primeiro semestre de 2012 com crescimento de 32% da sua arrecadação, atingindo um total de aportes de R$ 33 bilhões, de acordo com dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) divulgados ontem durante o VI Fórum Nacional de Seguro de Vida e Previdência Privada. De acordo com a entidade, a expectativa é de que no segundo semestre outros R$ 30 bilhões sejam arrecadados pelos bancos e seguradoras, ultrapassando a marca dos R$ 330 bilhões investidos em carteira até o final do ano.

De acordo com o vice-presidente da FenaPrevi, Osvaldo Nascimento, o crescimento é resultado das realocações de recursos anteriormente investidos em renda fixa e fundos DI para carteiras variadas de previdência privada. "Com juros baixos, os investimentos a longo prazo ganharam espaço. Viver de renda a curto prazo é algo que não existe mais. A concepção agora é de longevidade", explica Nascimento. Os dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima) confirmam esta tese: nos dez primeiros dias de agosto, os fundos de renda fixa registraram R$ 2,6 bilhões mais saques do que depósitos.

Os poupadores individuais foram responsáveis por R$ 28,6 bilhões do investido no período, enquanto os planos empresariais foram responsáveis por R$ 3,4 bilhões do total arrecadado pelas instituições financeiras. Os planos para menores de 18 anos somaram R$ 960 milhões.

O diretor-executivo da Bradesco Vida e Previdência, Lúcio Flávio Oliveira, explica que os planos de previdência estão deixando de ter o caráter de complementação de renda para o futuro e passaram a ser alternativas de poupança. "É um fundo educativo para o poupador, que precisa se condicionar a guardar mensalmente uma parcela dos seus rendimentos para um retorno futuro. Este dinheiro não é usado somente para complementar a previdência social, mas para adquirir um bem, assumir uma prestação ou pagar a faculdade de um filho", explica.

Além da mudança dos objetivos dos investidores em previdência, o vice-presidente da Fenaprevi destaca o aumento da renda média do brasileiro como motivo para o constante aumento nos depósitos das carteiras. "Com folga no orçamento, a pessoa passa a ter condições de abrir uma carteira de previdêncioa ou a depositar valores maiores", afirma.

Perfil

Entre os produtos oferecidos pelas instituições, os planos VGBL tiveram expansão de 38,24%, com arrecadação de R$ 28 bilhões. Os PGBL somaram contribuições de R$ 3,2 bilhões no primeiro semestre, com aumento de 8,5% frente a igual período de 2011.

Já a distribuição dos planos por faixa etária está cada vez mais homogênea: 28,6% dos planos correspondem a titulares com mais de 50 anos, enquanto os investidores de 40 a 50 anos totalizam 23% e os de 30 a 40 representam 25,7% do total. "Há dez anos a idade média era muito superior. Hoje as empresas vêem cada vez mais jovens aplicando em previdência", completa Nascimento.

No que diz respeito à indústria de seguros de pessoas, o primeiro semestre fechou com R$ 10,5 bilhões em prêmios emitidos, um crescimento de 13,77% frente ao mesmo semestre de 2011.

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