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O ministro da Previdência Social, José Pimentel, disse nesta terça-feira (14) que mantém a projeção de crescimento da economia brasileira no ano que vem em "pouco acima de 4%", apesar do agravamento da crise internacional nos mercados financeiros. "Continuamos a trabalhar com a previsão de crescimento econômico do País pouco acima de 4% no ano que vem e não temos, até o momento, motivos para maiores preocupações", afirmou o ministro, ao deixar a Comissão de Orçamento do Congresso Nacional.

Um dos reflexos esperados para o Brasil da atual crise financeira, no entanto, é a desaceleração no ritmo de crescimento econômico em 2009. Isso pode afetar o dinamismo das contratações no mercado de trabalho formal e, com isso, reduzir a arrecadação previdenciária. Pimentel, no entanto, disse continuar apostando nas projeções de que as contas da Previdência tenham um "pequeno superávit" na parte urbana, em 2010, considerando a contabilidade alternativa que separa os setores urbano e rural e explicita as renúncias previdenciárias.

O ministro passou duas horas nesta tarde no Congresso reunido com parlamentares da Comissão Mista de Orçamento para debater a proposta orçamentária do ano que vem. Sobre o impacto financeiro das propostas que tramitam na Câmara extinguindo o fator previdenciário das aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e concedendo reajuste real a todos os benefícios, inclusive aqueles com valores acima do salário mínimo, ele afirmou que o assunto não foi tratado nesta terça porque a comissão decidiu esperar até novembro para tratar do assunto. "A comissão entende que é melhor esperar o mês de novembro pois até lá se terá um melhor cenário sobre as turbulências no mercado financeiro", afirmou Pimentel.

O ministro não quis comentar o impacto nas contas do INSS, caso os dois projetos sejam aprovados, mas afirmou confiar que o Congresso só aprovará propostas "responsáveis" do ponto de vista fiscal. "O Congresso sempre foi muito responsável em suas decisões", afirmou o ministro.

Pimentel apresentou ainda aos parlamentares um novo projeto de expansão da rede de atendimento ao público da Previdência Social nos municípios onde ainda não há um posto físico do INSS. Segundo ele, a idéia é iniciar a partir do ano que vem a construção de instalações "enxutas", com poucos funcionários, que trariam um melhor atendimento às populações mais carentes do País. O projeto prevê a construção de 715 novos postos ao custo de R$ 404 milhões. Atualmente, existem 1.100 agências da Previdência no Brasil.

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