A Previdência Social registrou um déficit de R$ 3,3 bilhões em maio, um crescimento de 26,7% em relação a abril e de 37,5% em relação a maio de 2005. No mês, a Previdência registrou arrecadação líquida de R$ 9,5 bilhões - recorde histórico - e uma despesa com benefícios de R$ 12,8 bilhões. Segundo o secretário de Previdência Social, Helmut Schwarzer, o recorde na arrecadação é conseqüência do aquecimento do mercado de trabaho e de melhora na gestão da previdência.

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O secretário disse ainda que o déficit cresceu por conta do impacto dos reajustes de 16,7% do salário-mínimo e de 5% para quem ganha mais de um salário, que impactaram a folha de maio.

- Já esperávamos que esse resultado acontecesse, já que o aumento do salário-mínimo e o reajuste de 5% dos benefícios com valores acima do piso previdenciário geram sempre um aumento nas despesas - disse Schwarzer.

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Em maio, o governo passou a adotar uma sistemática nova na divulgação das contas do INSS, incluindo o valor arrecadado com a CPMF, que somou R$ 649,7 milhões. Incluindo esse valor, o déficit nominal cai para R$ 2,66 bilhões em maio. Segundo Schwarzer, a mudança ajudará a buscar medidas alternativas para melhorar a arrecadação e reivindicar outras fontes de financiamento, antes de discutir uma reforma no sistema previdenciário.

O secretário disse ainda que o ministro da Previdência, Nelson Machado, já pediu uma separação das contas das previdências rural e urbana. Segundo ele, o governo dá um subsídio de 85% às aposentadorias rurais, percentual superior à média mundial, de 70% a 75%. Na área urbana, o subsídio médio é de 10,5%. Schwarzer disse que, do déficit de R$ 3,3 bilhões de maio, os trabalhadores das cidades contribuíram com R$ 1 bilhão e os rurais, com R$ 2,2 bilhões.