Listar os parentes e amigos que serão presenteados no fim de ano, ao lado de qual a renda disponível para as compras é a principal orientação para evitar gastos desnecessários, daqueles que comprometem o orçamento familiar no ano seguinte.
O planejamento para os presentes começa após a quitação das dívidas básicas, como aluguel, condomínio, prestação do carro, entre outros. Com o dinheiro restante, a professora do Departamento de Administração e coordenadora do Laboratório de Orçamento Familiar da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Ana Paula Cherobim orienta que cada um tenha bom senso para saber se pode investir uma boa quantia por presente ou se a economia familiar exige modéstia na hora da compra. "Se estiver bem financeiramente, a pessoa sabe que poderá ser mais boazinha. Se a situação não estiver tão boa assim, ou porque fez outros gastos com viagem, comprou casa, carro, a sugestão é ser modesto. Veja quem realmente precisa do agrado", aponta.
Pensando nisso, o psicólogo e consultor de finanças pessoais Flávio Pereira orienta que, para que a conta não fique acima do esperado, o interessado coloque no papel exatamente quais familiares, amigos e colegas serão agradados. "As pessoas se empolgam e acabam comprando mais do que tinham pensado. Por isso é importante já sair de casa com a lista dos amigos, ao lado deles qual presente vai comprar e qual o preço limite para gastar com aquele presente", aponta. O consultor financeiro Emerson Fabris aponta ainda a importância em definir prioridades. "Não deixe de lado o presentes das crianças. Já para os adultos, dê um presente para o casal, em vez de dar para cada um", sugere.
Impulso
A supervisora de comércio exterior Ana Paula Cecato Horta conhece bem o caminho das compras de Natal a partir das listas, que começa a fazer todo ano no fim de outubro, começo de novembro. Já em dezembro, ela sai à compra. "Coloco no papel o nome de todo mundo que quero dar presente e priorizo as pessoas de casa, meu marido, meu filho, mãe, pai e meus sobrinhos", conta. Ana confessa que às vezes compra por impulso, mas somente para o filho e para o marido. "Eu faço a lista, pesquiso preços, principalmente dos brinquedos para os sobrinhos e tento manter o pé no chão, sempre dentro daquilo que previ para gastar." Já o administrador Diogo Carlos não pensa muito nos limites. "Não planejo. Decidimos uma faixa de preço total e vamos procurando e comprando sem que passe daquele limite estipulado. Mas não ficamos pesquisando preços e às vezes ultrapassamos o valor, mas nada muito fora do pensado", conta.