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O primeiro-ministro da Grécia enfrenta grande pressão dos líderes da Alemanha e da França nesta quarta-feira após ter lutado para ganhar o apoio de seu gabinete a fim de realizar um referendo sobre um pacote de resgate de 130 bilhões de euros (178 bilhões de dólares). O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, convocaram George Papandreou para conversas em Cannes sobre a crise antes da cúpula do G20. Eles devem pressionar Papandreou pela rápida aplicação de medidas para combater a crise da dívida da zona do euro, o que Atenas tem posto em questão. "Este anúncio pegou a Europa inteira de surpresa", disse Sarkozy na escadaria do Elysee Palace, em Paris. "O plano ... é a única maneira de resolver o problema da dívida da Grécia." A aposta de Papandreou garante semanas de incerteza em um momento no qual a União Europeia está desesperada por um período de calma para implementar as soluções acordadas na semana passada, a fim de conter sua crise de dívida soberana. Alguns membros do partido de Papandreou pediram que ele deixe o cargo, acusando-o de pôr em perigo a participação da Grécia na zona do euro com sua decisão surpresa de convocar um referendo, em uma atitude que derrubou o euro e os mercados globais. "O referendo será uma mensagem clara para dentro e para fora da Grécia sobre nossa história europeia e participação na zona do euro", disse Papandreou em uma reunião de gabinete que durou sete horas. "Ninguém será capaz de duvidar sobre a continuidade da Grécia na zona do euro." Mesmo se ele ganhar o voto de confiança, a zona do euro enfrentará semanas de incerteza em que os mercados podem criar confusão. Se ele perder, a Grécia enfrentará uma desordem que golpearia os bancos da Europa e ameaçaria as economias muito maiores Itália e Espanha, que o bloco pode não ter recursos para socorrer.

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