O primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, prometeu medidas de alívio fiscal para ajudar a estimular a economia do país e a popularidade do governo, que a enfrentará uma série de desafios políticos nos próximos meses.

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"A supertributação tem de acabar", declarou Samaras neste sábado durante discurso numa feira internacional de comércio em Tessalonica, norte da Grécia. Ele acrescentou que a economia do país deve voltar a crescer no terceiro trimestre do ano, pela primeira vez em oito anos.

Desde que entrou em recessão, em 2008, a economia da Grécia encolheu mais de um quarto em razão das várias medidas de austeridade impostas pelos credores internacionais, após o primeiro resgate do país, ocorrido em 2010. Neste ano, porém, espera-se que a Grécia saia da recessão e registre crescimento de 0,6%.

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Mas a recuperação ainda tem de atingir os gregos comuns, que continuam a enfrentar uma taxa de desemprego de mais de 27%.

Nos próximos meses, o governo terá de aprovar outro Orçamento, cheio de medidas de austeridade para 2015, negociar um pacote de redução da dívida com credores internacionais e, o mais importante, nomear um novo presidente da República. O candidato terá de ser aprovado por uma supermaioria de 180 membros do Parlamento, que não é controlado pelo atual governo.

Se o presidente não for eleito, a coalizão de dois partidos, composta pelo conservador Nova Democracia e pelo socialista Pasok, será forçada a convocar eleições antecipadas.

Em suas declarações, o premiê grego anunciou uma série de mudanças fiscais, dentre elas uma redução de 30% no imposto sobre óleo para calefação e emendas para um novo e unificado imposto sobre propriedade, até agora marcado por erros e falhas de cálculo que impediram sua implementação.

As declarações de Samaras foram feitas dias a delegação de inspetores internacionais da União Europeia (UE), Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) - grupo conhecido como troica - ter concluído a primeira rodada de negociações com representantes do governo grego em Paris, antes de voltar a Atenas no final de setembro para uma ampla avaliação do programa do país.

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De acordo com três diferentes pesquisas de opinião divulgadas nesta semana, o partido de oposição Syriza, de extrema esquerda, venceria a legenda de centro-direita Nova Democracia, de Samaras se as eleições fossem realizadas hoje. Porém, pelo menos uma das pesquisas mostrou que a população prefere que o atual governo continue, em vez de participar de novas eleições.