O primeiro-ministro da Grécia, Lucas Papademos, embarcou no começo da noite deste domingo (29) para Bruxelas, onde deve participar do encontro de cúpula da União Europeia (UE) nesta segunda-feira (30). Ele viajou depois de participar de uma reunião entre os três partidos que formam a coalizão de governo da Grécia, na qual as lideranças políticas se comprometeram a apoiar uma nova série de medidas de austeridade, para que o país possa receber um novo pacote de ajuda financeira.
Na cúpula de Bruxelas, os chefes de governo dos países da UE poderão aprovar os termos de um segundo plano de socorro à Grécia, mas as negociações para isso foram complicadas na semana passada por uma nova exigência da Alemanha, de que as decisões do governo grego sobre gastos passem a ser submetidas a um "monitor" permanente da UE no país.
Outra questão é a negociação para a reestruturação da dívida da Grécia junto a credores privados. As duas partes repetiram ontem que estão próximas de um acordo, mas nada de definitivo foi anunciado. "Estamos realmente a um passo de um acordo final", disse hoje o ministro das Finanças, Evangelos Venizelos.
Uma fonte próxima às conversações disse à Dow Jones que um acordo com os credores privados só será anunciado depois de a Grécia e os credores multilaterais (União Europeia, FMI e Banco Central Europeu) concordarem com novas medidas de austeridade.
Sem um novo pacote de ajuda financeira, a Grécia não deverá ser capaz de fazer um pagamento de bônus de 14,4 bilhões que vence em 20 de março; caso isso aconteça, o país se tornará o primeiro da zona do euro a entrar em default. As informações são da Dow Jones.