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As principais bolsas europeias fecharam a segunda-feira (26) em alta, ao término de sessões muito voláteis e à espera de anúncios políticos sobre a crise da dívida e sobre a possível recapitalização dos bancos.

Em Londres, o índice Footsie-100 subiu 0,45%, a 5.089,37 pontos.

Em Frankfurt, o índice Dax avançou 2,87%, a 5.345,56 unidades.

O CAC-40 da Bolsa de Paris ganhou 1,75%, a 2.859,34 pontos.

A bolsa de Madri subiu 2,56%, com o índice IBEX situado em 8.201,7 pontos.

Em Milão, o avanço foi de 3,32%, com seu índice FTSE Mib a 14.116 pontos.

A Eurozona afinou nesta segunda-feira sua ofensiva na luta contra a crise da dívida, com um plano que prevê fortalecer o fundo de resgate europeu e medidas para reforçar a disciplina fiscal comunitária, mas postergou os debates sobre a ajuda prometida à Grécia.

Sob uma forte pressão internacional, liderada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Estados Unidos e China, dirigentes europeus anunciaram que estão cogitando "a possibilidade de dar ao Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (Fesf, na sigla em francês) atribuições suplementares para conceder-lhe mais força".

Esta é "uma grave combinação de uma crise de dívida soberana e uma crise do sistema bancário", disse o comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, ao explicar a medida ao jornal alemão Die Welt.

Dessa maneira, o Fesf poderá assumir o risco de oferecer crédito a países como Espanha ou Itália e comprar dívida nos mercados secundários, relevando o papel do Banco Central Europeu (BCE).

"O aumento da capacidade do fundo é parte dos debates", disse o porta-voz da Comissão Europeia, Amadeu Altafaj, que qualificou de "especulações prematuras" os rumores de que o Fesf seria reforçado em até 2 bilhões de euros.

O fortalecimento do Fesf, criado a princípios de 2010 para ajudar aos países da Eurozona em dificuldade, necessita do aval dos parlamentos e governos dos 17 países da Eurozona após ter sido abordado na reunião europeia de 21 de julho,

Até agora apenas oito deles, França, Bélgica, Luxemburgo, Itália, Espanha, Portugal, Grécia e Irlanda, o fizeram.

Esta semana será a vez da votação na Alemanha, maior economia europeia, na Finlândia e na Eslovênia.

"Esta semana será crucial para a Europa", disse nesta segunda-feira a União Europeia, ao admitir que as dificuldades persistem na Grécia, mas o organismo ainda não estabeleceu uma data para o retorno da missão dos especialistas da Troika, que realizam uma auditoria no país para decidir sobre a entrega dos 8 bilhões de euros correspondentes à última parcela da ajuda de 110 bilhões aprovada em 2010.

A Grécia prometeu reduzir seu déficit orçamentário "não importa qual seja o custo político", disse no domingo o ministro das Finanças grego Evangelos Venizelos.

Nesta semana, o Parlamento e o Conselho Europeu devem aprovar uma série de medidas para reforçar a disciplina fiscal dos países da União Monetária, o que permitirá impor multas aos países com déficit excessivo.

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