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Principais fundos de hedge dos EUA querem investidor brasileiro

Dois dos principais fundos de hedge da América do Norte estão vindo ao Brasil no mês que vem para fazer contatos e eventualmente negócios.

A Paulson & Co e Capital Advisors, nomes tradicionais no seleto mercado dos fundos de hedge, que movimenta 2 trilhões de dólares, vai enviar executivos para o Fórum Brasil de Fundos de Hedge, nos dias 6 e 7 de março, no Rio, segundo fontes setoriais e organizadores do evento.

Com uma carteira de cerca de 24 bilhões de dólares, a Paulson está entre os maiores fundos de hedge do mundo, enquanto a SAC, com 14 bilhões, é admirada por oferecer um dos retornos mais expressivos e sólidos do mercado nas últimas décadas.

A presença deles no Rio mostra como até os mais reluzentes operadores do mercado estão tendo de se virar para conseguir o dinheiro de investidores nervosos, que desejam a garantia de bons dividendos, sem surpresas desagradáveis. E, ao mesmo tempo, mostra também como o Brasil é hoje uma oportunidade extremamente atraente para investidores, segundo especialistas.

Nos Estados Unidos, a SAC e a Paulson são conhecidas por atenderem poucos e exclusivos clientes. Receber o executivo-chefe de um desses fundos -para não falar de ambos- é uma glória para qualquer organizador de conferências.

Só a hospedagem no Copacabana Palace, de frente para o mar carioca, já seria um bom motivo para visitar o Rio, mas os gestores claramente têm outros interesses em vista.

"Nesse momento, o Brasil está muito quente", disse Anand Raghuraman, sócio do Boston Consulting Group, importante consultoria de estratégia empresarial. "O Brasil tem uma história de crescimento com bons fundamentos."

Oferecendo crescimento expressivo, inflação relativamente baixa e oportunidades muito atraentes para investimentos em recursos naturais, o Brasil tem também um crescente número de investidores ricos, que poderiam confiar suas fortunas pessoais a esses fundos.

Para quem está em Nova York, chegar ao Rio e a outras cidades brasileiras é também relativamente mais rápido e indolor do que visitar outras potências emergentes do outro lado do mundo, como Índia e China.

"Se a conferência é feita por um grupo bem conhecido, você vai fazer alguns contatos valiosos por lá, e verá gestores de fundos dos EUA e do Brasil no evento", disse Richard Wilson, consultor do setor de fundos de hedge.

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