O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, garantiu nesta sexta-feira (13) que não faltarão recursos para o financiamento do setor produtivo, apesar de boa parte dos R$ 100 bilhões, concedidos pelo Tesouro ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), estar atrelada a projetos da Petrobras.
O governo espera que o mercado internacional se recupere da crise financeira e viabilize a captação de recursos pela Petrobras para seus investimentos. Nós gostaríamos que a Petrobras centrasse mais suas captações no exterior, porque isso aliviaria a demanda sobre o BNDES, que pode operar com mais facilidade nos outros setores.
Paulo Bernardo disse que o governo considera prioridade os investimentos da estatal da área de energia. Se ela não conseguir recursos no exterior, nós vamos resolver por aqui mesmo. Com o aporte do Tesouro, o BNDES terá este ano cerca de R$ 160 bilhões para operar. E a previsão é de que vai trabalhar com aproximadamente R$ 120 bilhões. Portanto, acho que não vai ter nenhum tipo de problema.
O ministro esclareceu também que a autorização concedida no ano passado pelo Conselho Monetário Nacional ao BNDES para emprestar Petrobras pelo limite de 25% do patrimônio não abre precedente para outras empresas. Não abre precedente nenhum, porque nós temos que aprovar cada uma [operação].
Paulo Bernardo admitiu que, do ponto de vista conceitual, a medida pode ser vista como um precedente. Mas isso não quer dizer que vamos aprovar para outros casos. Repito: a Petrobras é um caso diferenciado. O Brasil tem necessidade que a Petrobras mantenha os seus investimentos. Porque isso significa uma cadeia com aproximadamente 100 mil a 150 mil empresas fornecedoras e prestadoras de serviços para a Petrobras. Portanto, para nós é absolutamente importante que ela mantenha esses investimentos. Isso é fundamental para a economia.
O ministro disse ainda que não tem qualquer informação sobre uma possível capitalização do Banco do Brasil por meio de recursos do Tesouro Nacional, a exemplo do que foi feito em relação ao BNDES. Eu vi isso no jornal. Não tenho essa informação, afirmou.
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