Os "cyberbullies" - pessoas que assediam ou ofendem outras nas redes sociais - que têm incomodado atletas olímpicos receberam uma mensagem clara na terça-feira com a prisão de um homem suspeito de publicar ofensas na Internet, mas o tema sublinhou uma discórdia na maneira como se deve lidar com abusos no Twitter. A polícia deteve um jovem de 17 anos pela suspeita de comunicação mal intencionada depois que o saltador britânico Tom Daley recebeu tuítes dizendo que ele havia decepcionado seu falecido pai por terminar em quarto lugar e ficar sem medalhas. Na segunda-feira, o jogador de futebol suíço Michel Morganella foi eliminado dos Jogos por tuitar que os sul-coreanos podiam "arder no inferno" depois de ser derrotado por eles, mas não foi preso. A saltadora tripla grega Paraskevi Papachristou foi expulsa de sua delegação dois dias antes do início oficial da Olimpíada após um tuíte em que debochava de imigrantes africanos. Não se iniciou nenhuma ação legal. O advogado David Allen Green, chefe de mídia do escritório londrino de advocacia Preiskel & Co, que recentemente obteve um veredicto inédito sobre mídias sociais na Suprema Corte, disse que há várias maneiras para se lidar com o uso impróprio do Twitter. "Promotores, reguladores e organismos profissionais têm alguma discrição para tratar desses assuntos, e podem decidir se há uma brecha em algum código regulatório ou disciplinar", afirmou à Reuters.

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