Bradesco e Santander completaram ontem a segunda rodada de redução de taxas de juros por parte dos maiores bancos privados do país. Na sexta-feira, o Itaú anunciou diminuições para pessoas físicas e empresas. A "guerra dos juros" começou há pouco mais de um mês, quando os dois grandes bancos públicos, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, iniciaram o movimento. De lá para cá, ambos divulgaram três rodadas de cortes. Até quinta-feira passada, os privados haviam anunciado apenas um recuo cada um. "Taxas de juros menores, num país como o Brasil, de responsabilidade fiscal, setor privado dinâmico e economia diversificada, são ingredientes para um forte ciclo de desenvolvimento econômico e social", afirmou, em nota, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi. "As medidas mostram nosso compromisso de buscar alternativas inovadoras para oferecer soluções que atendam às necessidades do cliente, seja pessoa física ou jurídica. É uma forma de estimular o crescimento do país", disse, também em nota, o presidente do Santander, Marcial Portela.
Ontem, o Bradesco cortou juros apenas para pessoas físicas, enquanto o Santander adotou nova tabela também para algumas modalidades de crédito às empresas e diminuiu taxas de administração de alguns fundos de investimento.
No Bradesco, a taxa mínima do cheque especial, por exemplo, saiu de um intervalo de 4,19% a 8,90% ao mês para entre 3,95% e 4,70% ao mês. No crédito pessoal, o custo mínimo saiu do intervalo entre 4,81% e 7,31% para 3,95% a 4,70% ao mês. Segundo o Grupo Estado, nos próximos dias o segundo maior banco privado do país deve divulgar novas reduções, mas para pessoas jurídicas.
No Santander, a taxa do cheque especial também teve o intervalo alterado: a mínima saiu de 4% para 3,5% ao mês, enquanto a máxima caiu de 8% para 4,90% ao mês. No crédito pessoal, a taxa mínima foi mantida em 1,99% ao mês e a máxima baixou de 6,97% para 4,90%. Como tem sido praxe em todos os bancos, as taxas renovadas valem apenas para clientes que aderirem a pacotes de serviços específicos, nos quais a condição essencial é o recebimento do salário na instituição.
Fundos
O Santander fez dois movimentos na área de fundos de investimentos. No primeiro deles, cortou as taxas de administração de três produtos. No Fundo Extra Plus DI, por exemplo, a taxa saiu de 3% para 2%. O banco também diminuiu o valor mínimo para aplicação em quatro fundos de investimento, dois DIs e dois de renda fixa.