O leilão de privatização dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília será realizado em 22 de dezembro. O anúncio foi feito ontem pelo ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt, durante a apresentação do primeiro balanço da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2). "O cronograma está apertado, mas será cumprido", afirmou o ministro. A expectativa é de que a operação desses terminais esteja nas mãos dos concessionários privados em fevereiro de 2012.

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Bittencourt frisou que ainda que não haverá aumento de tarifas aeroportuárias. Além disso, para tentar tranquilizar os trabalhadores, o ministro destacou que não haverá demissões, já que os funcionários da Infraero poderão escolher entre permanecer na estatal ou migrar para a concessionária. "Os empregados serão respeitados. Não temos nenhum stress nesse sentido", disse. As centrais sindicais têm criticado o processo o modelo de concessão, em estudo pelo governo, que prevê a participação de até 45% da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Na avaliação dos sindicalistas, o governo deveria ter participação majoritária no negócio.

Trem-bala

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Em apresentação especial sobre o projeto do Trem de Alta Velocidade (TAV), tido como um dos mais importantes da gestão da presidente Dilma Rousseff, o diretor-geral da Agência Nacional dos Trans­portes Terrestres (ANTT), Ber­nardo Figueiredo, anunciou ontem o cronograma da nova modelagem de concessão em duas etapas e disse que o edital da primeira fase deve ser publicado em novembro. De acordo com o novo cronograma, o edital e o contrato desta primeira etapa serão submetidos a audiência pública em setembro. O leilão deve ser realizado no primeiro semestre de 2012.

Nesta fase da licitação, o governo escolherá o consórcio que será responsável pela operação do projeto. Este grupo vai selecionar a tecnologia a ser adotada, transferi-la ao país e desenvolver o projeto executivo, que será executado pelo consórcio que será escolhido em uma segunda fase e ficará encarregado das obras propriamente ditas.

Pelo cronograma original, que realizaria a licitação em uma única etapa, o leilão deveria ter acontecido ontem. Figueiredo reconheceu que a modelagem anterior não funcionou, mas atribuiu às empresas interessadas boa parte da responsabilidade pela falha. "[O leilão] Não saiu pela atitude do mercado, que preferiu forçar uma situação mais confortável. Agora, estamos buscando dar mais competitividade ao processo", disse.