A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste) está apurando a venda no Brasil do brinquedo Magnetix, fabricado pela Mega Brands America, Inc., que causou a morte de uma criança nos Estados Unidos. Para isso, entrou em contato com a Gulliver Brinquedos, que importa os produtos da empresa americana, pedindo esclarecimentos sobre o caso. A coordenadora institucional da associação, Maria Inês Dolci, esclareceu que, após obter as informações da Gulliver, a Pro Teste vai avaliar a necessidade de um recall também no Brasil.
No ano passado, a U.S. Consumer Product Safety Commission, agência americana que fiscaliza acidentes de consumo, tomou conhecimento, além da morte de uma criança, de outros 28 acidentes relacionados à injestão acidental de imãs da linha Magnetix, composta por peças de plástico, esferas de metal e imãs. Após a notificação dos casos, a fabricante do brinquedo realizou um recall, envolvendo quatro milhões de unidades. Além disso, trocou a faixa etária a que o produto era destinado, passando de três para seis anos, e passou a envolver os imãs com uma proteção plástica. Na semana passada, a empresa Mattel fez um recall envolvendo as linhas Polly, Barbie e Batman, nos Estados Unidos e em vários outros países. No Brasil, o recall envolveu 850 mil peças.
Segundo a assessoria de imprensa da Gulliver, itens da antiga linha Magnetix foram vendidos normalmente até o final do ano passado no Brasil, mas não há mais no mercado nenhuma unidade importada antes das alterações feitas nos Estados Unidos.
A empresa, que continua importando itens da linha já modificada, afirma que não viu necessidade de realizar um recall por não ter sido notificada de nenhum caso de acidente com o brinquedo.
- Mais de um ano depois do recall nos EUA soubemos pela imprensa de um caso aqui no Brasil, este ano. Nunca fomos notificados por nenhum consumidor até agora.
A assessoria de imprensa da Gulliver informou que ainda não recebeu nenhuma notificação do Pro Teste.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast