Uma análise preliminar do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sinaliza que problemas em parques geradores próximos à linha de transmissão Quixadá-Fortaleza II, localizada no Ceará, podem ser os detonadores do apagão do dia 15, que deixou mais de 30 milhões de pessoas e atingiu 25 estados e o Distrito Federal.
“Fontes de geração próximas a esta de linha de transmissão não apresentaram o desempenho esperado no que diz respeito ao controle de tensão", destaca nota da ONS
Segundo a ONS, a linha de investigação mais consistente aponta esse desempenho abaixo do esperado como um segundo evento que desencadeou todo o processo de desligamentos que aconteceram a partir das 8h31 daquele dia.
"Nas simulações realizadas pelo Operador com os parâmetros enviados pelos agentes na entrada em operação das usinas geradoras, os quais compõe a base de dados oficial do ONS, não foi possível reproduzir a perturbação ocorrida no dia 15 de agosto. Em todos os testes realizados com esses dados não foi observada redução de tensão que viole os procedimentos de rede, como a que ocorreu após o desligamento da LT 500 kV Quixadá – Fortaleza II. Na simulação com esses dados houve injeção de reativos pelos geradores próximos a linha de transmissão, estabilizando a tensão", destaca nota emitida pelo operador.
“Somente com as informações recebidas dos agentes após a ocorrência, foi possível reproduzir, no ambiente de simulação, a perturbação do dia 15 de agosto. A partir dessas novas informações, o ONS realizou uma análise minuciosa da sequência de eventos e testou múltiplos cenários, que apresentaram sinais de que o desempenho dos equipamentos informado pelos agentes ao ONS antes da ocorrência é diferente do desempenho apresentado em campo. Importante destacar que o problema identificado não tem relação direta com o tipo de fonte geradora”, destaca a ONS em nota.
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