Com 60% dos votos, Rodrigo da Rocha Loures venceu com certa folga a eleição realizada na segunda-feira. Mas os quase 40% obtidos pela chapa de oposição, encabeçada pelo empresário ponta-grossense Álvaro Luiz Scheffer, levantaram a possibilidade de um "racha" na federação – hipótese negada pelo candidato reeleito. "Não houve um rompimento de minhas relações pessoais com o candidato da oposição. Houve divergências de estilo e de idéias. Mas o processo eleitoral está encerrado, a classe fez sua escolha, e não acho que haverá seqüelas", disse Rocha Loures.

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O dirigente também negou ter rompido suas relações pessoais com o governador Roberto Requião, que nos últimos meses deixou clara sua preferência por Scheffer – tanto que o secretário estadual de Indústria e Comércio, Virgílio Moreira Filho, e o ex-secretário Luís Mussi faziam parte da chapa oposicionista. Bem-humorado, Rocha Loures riu quando questionado se Requião o parabenizou pela vitória, como fez em 2003. "O governador não ligou. Ainda não."

O presidente da Fiep disse esperar uma relação de mútuo respeito entre a federação e o governo estadual. Em relação a "entraves locais" como problemas no Porto de Paranaguá – críticas de Rocha Loures à administração do porto irritaram o governador –, o presidente reeleito disse que a questão é "conceitual". "Somos favoráveis à profissionalização dos serviços públicos. Em todo o país, não só no Paraná, se implantou uma cultura de loteamento das funções públicas. E quanto mais profissionalizado for o porto, mais eficiente ele será", disse o dirigente, esquivando-se de responder se gostaria de uma troca na administração do porto, hoje a cargo de Eduardo Requião, irmão do governador. "O porto é administrado pelo governo, então essa definição cabe ao governador." (FJ)

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