A Fundação Procon de São Paulo (Procon-SP) recebeu neste ano 5.713 reclamações ou pedidos de orientação sobre problemas com a telefonia celular. De acordo com balanço divulgado nesta terça-feira (19), os principais problemas são cobrança indevida e serviços não fornecidos.
No primeiro caso, o Procon-SP cita como exemplos alterações de planos pré para pós-pago sem anuência do consumidor ou cobrança de pacote de dados ou serviços de entretenimento não solicitados. Também entram nesse rol dificuldades em cancelar as mudanças não solicitadas.
Entre serviços não fornecidos o órgão aponta funcionamento precário, falhas de conexão, inoperância ou queda de sinal frequente e velocidade dos serviços de internet abaixo da que foi contratada.Paulo Arthur Góes, diretor-executivo do Procon-SP, afirma que o grande problema ainda é a ineficiência do Sistema de Atendimento ao Consumidor (SAC) das empresas.
"Infelizmente este ainda é um gargalo não só no setor de telefonia. As empresas precisam investir mais no atendimento ao consumidor de forma efetiva, dando solução aos problemas de forma fácil e rápida", disse, em nota.
O índice de soluções das queixas na fase preliminar do atendimento, por intermédio do Procon-SP, chega a 85%, disse Góes.
Mais reclamadas
O Procon-SP divulgou também quais foram as empresas mais reclamadas.A Claro é a primeira colocada. Por meio de nota, a empresa informou que tem trabalhado para a melhoria contínua da qualidade dos seus serviços prestados aos consumidores. "Para isso aplica recursos constantemente em tecnologia, processos, ferramentas e treinamento de pessoal especializado para melhor atender seus clientes", informou.
A empresa "reafirma seu compromisso com a sociedade e se coloca à disposição para atender a todos os casos por seus canais disponíveis -atendimento telefônico, chat online, e-mail, videoatendimento, atendimento pessoal, por carta e virtual. E, além disso, disponibiliza canais de relacionamento, como blog corporativo, Twitter e Orkut."
Já a TIM, que ocupa o segundo lugar, diz que trabalha constantemente para reduzir o número de reclamações e traça ações para firmar um relacionamento de compromisso e credibilidade direta com seus usuários.
"A empresa vem desenvolvendo ações preventivas, inclusive junto aos órgãos de defesa do consumidor, para reduzir as demandas dos clientes. Exemplo disso é que, a TIM assinou novo compromisso com a Fundação Procon-SP para participação no plano de metas de redução de demandas para 2012."
As demais empresas foram procuradas para se pronunciarem sobre o levantamento, mas ainda não se posicionaram.