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Os aumentos das taxas de juros e do rigor no fornecimento de crédito, provocados pela crise econômica internacional, têm levado muita gente a optar pelo consórcio na hora de investir. Segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), a venda de cotas de automóveis cresceu 29,6% em setembro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2007. No caso dos imóveis, o aumento foi de 12%, na mesma comparação. A estimativa da entidade é de um movimento de R$ 20 bilhões em créditos até o fim do ano, com 3,6 milhões de beneficiados e R$ 60 bilhões em ativos administrados.

"Os primeiros indícios foram o aumento nas consultas e a ampliação do número de adesões nos diversos setores de consórcio", diz o presidente da Abac, Rodolfo Montosa. "O setor tem atraído o interesse de novos perfis de investidores, interessados em planejar o futuro." De acordo com a Abac, o número de participantes de consórcios chegou a 3,53 milhões em setembro deste ano – 3,4% a mais do que o total do mesmo mês de 2007. No segmento de imóveis, havia 506 mil consorciados em setembro – número quase 11% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Segundo Montosa, no ano passado os consórcios representaram 20% do volume total comercializado pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH).

A superintendente da Ademilar, Tatiana Reichmann, confirma o aumento na procura por consórcio depois da crise. Em novembro, a administradora de consórcio de imóveis vendeu R$ 19,8 milhões em cotas – cerca de 42% a mais do que no mesmo período do ano passado. "Os melhores meses para nós foram quando começou-se a falar de crise. As pessoas estão muito inseguras com relação aos investimentos, e o imóvel representa uma certa segurança", diz a empresária.

Segundo Tatiana, outubro havia sido o melhor mês do ano para a Ademilar, com a venda recorde de R$ 22,8 milhões em créditos. Além do aquecimento geral do mercado, ela diz que o recorde é resultado do bom desempenho da filial de Joinville (SC), responsável por 35% das vendas. A administradora tem sede em Curitiba e filiais também em Maringá, além de representações em Santos (SP), Blumenau (SC) e Balneário Camboriú (SC).

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