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Produção cresce 2,3% no ano

Nível da atividade industrial em março foi classificado como o maior da história |
Nível da atividade industrial em março foi classificado como o maior da história (Foto: )

A produção industrial subiu 0,5% em março em relação a fevereiro, na série com ajuste sazonal, segundo informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A atividade tinha já mostrado expansão de 2% em fevereiro em relação a janeiro, e crescimento de 0,3% em janeiro na comparação com dezembro do ano passado. Com isso, no acumulado de janeiro a março, a produção da indústria brasileira foi 2,3% maior que a do mesmo período do ano passado.Na comparação com março de 2010, a produção caiu 2,1%. Essa queda, argumenta André Luiz Macedo, gerente da Coor­denação de Indústria do instituto, pode ser explicada pelo feriado de carnaval. "O crescimento mais forte em fevereiro pode ter sido por uma antecipação da produção justamente em função de o carnaval ter ocorrido em março. Outro fator foi que a produção no ano passado estava impulsionada pela redução de Imposto Sobre Produtos Indus­­tria­­lizados (IPI) de móveis e eletrodomésticos", disse o gerente, ao ex­­plicar o recuo que interrompeu uma sequência de 16 taxas positivas seguidas.

Mesmo assim, na série com ajuste sazonal – que elimina o "efeito-calendário" – a produção alcançou em março o nível mais elevado desde o início da série histórica do IBGE, em 1991.

Setores

O aumento no ritmo de atividade em março, comparativamente a fevereiro, foi observado em 13 dos 27 setores pesquisados, com destaque para material eletrônico e equipamento de comunicações (10,1%).

Outros setores também mostraram aumento de ritmo, como máquinas e equipamentos (1,8%), calçados e couro (9,2%), equipamentos de transporte (3,6%), produtos de metal (2,5%) e aparelhos e materiais elétricos (2,9%). A principal pressão negativa veio de alimentos (-3,9%), seguido por equipamentos mé­­dico-hospitalares e ópticos (-9,2%), indústrias extrativas (-1,9%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-6,0%) e bebidas (-2,8%).

Retomada

Macedo também explicou que a comparação trimestral da produção industrial mostra que o setor prossegue em expansão, com alta de 1,3% frente ao trimestre imediatamente anterior, após o período de estabilidade vivido no fim de 2010.

Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o índice da indústria tinha registrado recuo de 0,4% no terceiro trimestre de 2010, ante o segundo, e ficado estável no quarto trimestre do ano passado, ante o terceiro.

No primeiro trimestre de 2011, todas as categorias de uso registraram alta, com destaque para produção de bens de consumo duráveis, que teve expansão de 5,7%, e a produção de bens de capital, com alta de 5,1%. "A causa para a aceleração foi a manutenção das demandas das famílias, do mercado de trabalho e das demandas por crédito, que acabam influenciando principalmente os bens de consumo", explicou Macedo.

Categorias

Os números da produção industrial mostraram queda de 0,2% para os bens intermediários em março ante fevereiro e recuo de 0,4% ante março de 2010. Os bens de consumo registraram expansão de 1,2% em março ante fevereiro, ao mesmo tempo em que recuaram 4,1% na comparação com março de 2010.

A produção de bens de capital (máquinas e equipamentos), um dos destaques do levantamento, cresceu 3,4% em março ante fevereiro. Em relação a março de 2010, houve leve queda de 0,1%.

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