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Indústria

Produção de máquinas tem a 14.ª alta seguida

Produção de máquinas e equipamentos cresceu 1,2% de abril para maio | Hedeson Alves/ Gazeta do Povo
Produção de máquinas e equipamentos cresceu 1,2% de abril para maio (Foto: Hedeson Alves/ Gazeta do Povo)
Confira: produção industrial ficou estável em maio |

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Confira: produção industrial ficou estável em maio

Em seu conjunto, a indústria estagnou-se de abril para maio, mas o detalhamento dos dados mostra um avanço na produção de bens de capital, sinal do crescimento dos investimento na economia. A categoria que agrega a produção de máquinas e equipamentos cresceu 1,2% na comparação livre de influências sazonais – a 14ª taxa consecutiva de expansão.Já o total da indústria – afetada pela freada na produção de bens de consumo – mostrou estabilidade de abril para maio. Por outro lado, registra alta de 14,8% na comparação com maio de 2008 – sob influência da fraca base de comparação dos cinco meses iniciais de 2009.

De janeiro a maio, a indústria acumula avanço de 17,3% – o maior para o período desde o início da pesquisa do IBGE, em 1991. Passada a crise, as indústrias voltaram a investir no "aumento de capacidade produtiva neste ano", afirma André Macedo, economista do instituto.

Pressões

Com abertura de novas unidades, ampliações e modernizações, a capacidade instalada cresce, e cai o risco de pressão inflacionária. De olho nos dados da indústria, o Banco Central calibra sua política monetária e poderia até optar, diante da retomada dos investimentos, por uma alta mais branda dos juros. "O BC não vai mudar sua trajetória de alta da Selic. A economia continua muito aquecida", diz Rafael Bacciotti, analista da Tendências Consultoria.Apesar do bom desempenho, a produção de bens de capital fechou maio com uma queda de 2,4% na comparação com seu patamar recorde, registrado em setembro de 2008.Dentre os bens de capital, os destaques, em maio, ficaram com os destinados à construção civil, à própria indústria e ao transporte. Já a queda de bens de consumo semi e não duráveis (-0,9% de abril para maio) reflete a menor produção de gasolina, por conta da parada de refinarias e da retração pontual das indústrias farmacêutica e de alimentos."A indústria se encontra muito próxima do seu patamar mais elevado, que foi em março de 2010, e agora atinge uma acomodação", afirmou Macedo, do IBGE.

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