A produção de veículos desacelerou em setembro depois de ter alcançado a maior marca da história no mês anterior. As montadoras produziram 282,5 mil unidades, número 14,2% menor do que o de agosto, mas ainda 8,2% superior ao mesmo período do ano passado. A atividade nas fábricas vinha sendo puxada pelo bom desempenho nas vendas de maio a agosto em resposta à redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Em setembro, contudo, os negócios perderam força após a antecipação das compras de agosto na expectativa do fim do benefício, que foi prorrogado até o final de outubro.
Com um número menor de dias úteis, o mês fechou com 288 mil unidades comercializadas, 31,4% abaixo de agosto. Naquele mês, o setor produziu 329 mil unidades e vendeu 420 mil, marcas recordes no país.
A expectativa é de um nível mais forte em outubro, quando uma nova corrida às concessionárias pode acontecer, diante da previsão do encerramento dos estímulos.As vendas de janeiro a setembro acumulam alta de 4% (2,78 milhões de unidades), enquanto a produção (2,46 milhões de veículos) ainda está 5,7% abaixo do nível registrado no mesmo período do ano passado. A Anfavea (associação das montadoras) projeta crescimento de 4% e 2%, respectivamente para 2012.
O emprego no setor ficou praticamente estável no último mês, com avanço de 0,2% em relação a agosto - criação de pouco mais de 250 vagas. Se considerada também a produção de máquinas agrícolas, a variação também foi de 0,2%, para um total de 148 mil empregos.
Exportações
Depois de uma melhora em agosto, as exportações voltaram a cair. As 27,2 mil unidades vendidas ao exterior representaram quedas de 36% em relação a agosto e de 40,3% na comparação com setembro do ano passado.
No ano, o setor já acumula uma retração de 18% nas vendas externas. Já em valores, o impacto é menor: queda de 5,7% até setembro em relação a 2011, num total de US$ 11,25 bilhões.