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indústria automobilística

Produção de veículos no Brasil recua 25,8% no 1º quadrimestre de 2016

Na comparação com abril de 2015, a produção de veículos recuou 22,9% no mês passado. | Divulgação/Volkswagen do Brasil
Na comparação com abril de 2015, a produção de veículos recuou 22,9% no mês passado. (Foto: Divulgação/Volkswagen do Brasil)

A produção nacional de veículos caiu 13,6% em abril na comparação com março, para 169,8 mil unidades, informou nesta quinta-feira (5) a Anfavea, associação que representa as montadoras. Com a nova queda mensal, o setor acumula retração de 25,8% no volume produzido sobre mesmo período de um ano antes, a 658,7 mil veículos.

“São números preocupantes”, disse Antonio Megale, presidente da Anfavea, que assumiu o cargo há poucos dias.

Na comparação com abril de 2015, a produção recuou 22,9% no mês passado.

Os estoques também seguem em níveis elevados. Segundo o executivo, em abril as concessionárias e montadoras somaram 251,7 mil unidades em estoque. O número é equivalente a 46 dias de estoque, um pouco abaixo dos 48 de março.

“Faremos novos esforços para reduzir o estoque. Por exemplo, adequando a produção”, detalhou Megale.

Novas demissões

Com números tão ruins, ele não descartou novas demissões nas montadoras. Na última segunda-feira (2) desta semana, a GM cortou 300 metalúrgicos de sua unidade de Gravataí, no Rio Grande do Sul.

“Não dá para dizer que haverá uma estabilização no emprego”, admitiu.

A reversão dos números negativos só ocorrerá com a retomada da economia, na avaliação de Megale. A Anfavea está trabalhando na revisão dos números previstos para este ano que, por enquanto, estima alta da produção de 0,5% em 2016.

Megale voltou a falar sobre a importância de ampliar o volume de exportações diante da fraqueza da demanda nacional.

Os dados apresentados mostram pequena retração de 1,9% no volume exportado em abril ante março. Mas, na comparação com 2015, há evolução de 26,3%. No acumulado deste ano, o número também é positivo, 24,3%.

“Temos nossas fábricas trabalhando com grande capacidade ociosa. Sem dúvida exportar é uma saída”, disse.

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