Se há algo de que os industriais paranaenses não podem reclamar, é de tédio. Enquanto a indústria nacional lutou contra a estagnação de março até novembro, a do Paraná passou grande parte de 2010 oscilando entre altos e baixos. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicados ontem mostraram que esse comportamento persistiu na reta final do ano: em novembro, a produção estadual subiu 11,9%, o melhor desempenho de todo o país, logo após despencar 9,6% em outubro.
A principal responsável por esse "efeito montanha-russa" é a indústria gráfica, cuja produção oscila ao sabor das encomendas de livros didáticos. "O segmento de edição e impressão, em especial de materiais didáticos, varia muito, pois num mês pode haver uma série de encomendas a atender e no outro, não", explica o economista Fernando Abritta, da coordenação de indústria do IBGE. Na série sem ajuste sazonal, a produção da indústria gráfica cresceu 135,3% em novembro, após recuar 63,4% em outubro.
Nível recorde
Segundo Abritta, ainda não é possível estimar quais foram os resultados da indústria paranaense em dezembro, mês em que costuma haver recessos e uma desaceleração natural de produção. "Dezembro deve ser um mês mais fraco em função da base de comparação [novembro]. Mas, mesmo que não seja um mês bom, o acumulado do ano vai fechar com resultado bastante positivo."
De janeiro a novembro, a indústria estadual cresceu 15,6% em relação a igual período de 2009, com alta em 12 das 14 atividades pesquisadas, e, mais importante, ficou 10,6% acima da registrada no mesmo intervalo de 2008, até então recorde. Em todo o país, a produção de 2010 superou a de 2008 em menos de 1%, conforme os dados acumulados até novembro.
Apesar do protagonismo das gráficas nas oscilações mensais, no acumulado do ano foram os segmentos mais tradicionais que empurraram para cima o resultado da indústria paranaense.
A produção de veículos automotores aumentou 59,8%, consolidando 2010 como o melhor ano da história do polo automotivo da Grande Curitiba. O segmento de máquinas e equipamentos cresceu 27,8% até novembro, graças à boa produção agrícola, que garantiu aos agricultores mais recursos para investir em tratores e colheitadeiras. O terceiro maior impacto sobre o índice geral veio, segundo o IBGE, da principal atividade industrial do Paraná, a fabricação de alimentos, com alta de 9,1% no ano.
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