A produção global de soja deste ano deve registrar uma queda recorde de 7,2%, ou 19 milhões de toneladas, principalmente devido às condições de clima adverso nas principais áreas produtoras da América do Sul, segundo estimativa da consultoria alemã Oil World divulgada ontem. O estudo indica que a produção mundial em 2011/12 será de 246,5 milhões de toneladas.

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A redução explica em parte as cotações firmes registradas atualmente e seus reflexos nos preços de outras oleaginosas e farelos. O óleo de soja no mercado europeu subiu 50 euros desde o início de fevereiro, para 960 euros por tonelada, com as preocupações de que uma seca na América do Sul tenha afetado a safra.

A Oil World disse que os preços também estão tendo suporte na forte demanda chinesa, cujas importações são estimadas em 28,5 milhões de toneladas de soja no período entre abril e setembro deste ano. O número representa um aumento de 1,8 milhão de toneladas ante o mesmo período do ano passado.

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Analistas acreditam que o crescimento da demanda da China, responsável por mais da metade da soja negociada no mundo, ameaça apertar a oferta global e eleva a preocupação sobre a inflação dos alimentos. "A quebra da safra na América do Sul vai aumentar a dependência do mercado global pela oferta norte-americana", disse a Oil World.

"Nós já esperamos que certa mudança ocorra de agora em diante, resultando em um aumento das exportações de soja dos EUA em 1,6 milhão de toneladas, para 10,6 milhões de toneladas, no período entre março e agosto, compensando virtualmente a queda total das exportações da América do Sul, principalmente do Paraguai e Brasil", informou o relatório. Os Estados Unidos são os maiores exportadores de soja do mundo, seguidos de Brasil e Argentina.