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A produção da indústria brasileira retraiu-se em agosto na comparação mensal, com queda acentuada dos bens de consumo duráveis, mas cresceu na relação anual, impulsionada principalmente pelos bens de capital.

A atividade caiu 0,2 por cento em agosto ante julho, mas cresceu 1,8 por cento sobre igual mês de 2010, o melhor resultado desde maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

"O setor industrial permaneceu em agosto com o quadro de menor ritmo produtivo observado nos últimos meses", disse o IBGE em nota.

Analistas consultados pela Reuters projetavam queda mês a mês de 0,28 por cento e avanço anual de 1,85 por cento.

Os números de julho foram revistos para baixo, de alta preliminar sobre junho de 0,5 por cento a 0,3 por cento, e de queda ante igual mês de 2010 de 0,3 para 0,7 por cento.

SETORES

Em agosto na comparação mensal, 11 setores tiveram queda da produção e 16 mostraram alta. O destaque de baixa foi Alimentos, de 4,6 por cento.

Entre as categorias de uso, a atividade de bens de consumo duráveis teve a maior contração, de 2,9 por cento, seguida por bens de consumo semi e não duráveis (-0,9 por cento) e de bens intermediários (-0,2 por cento). Já os bens capital tiveram aumento de 0,9 por cento.

Em relação a agosto do ano passado, 17 dos 27 setores pesquisados mostraram crescimento, sendo os principais de Veículos automotores (5,8 por cento), Edição e impressão (17,2 por cento) e Máquinas e equipamentos (5,6 por cento).

"Vale citar que agosto último teve um dia útil a mais que igual mês do ano anterior", afirmou o IBGE.

Nas categorias de uso, houve expansão em todas: bens de capital (8,6 por cento), bens de consumo semi e não duráveis (2,1 por cento), bens de consumo duráveis (1,5 por cento) e de bens intermediários (0,6 por cento).

No ano até agosto, a produção industrial brasileira acumulou alta de 1,4 por cento.

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