A produção industrial brasileira caiu 2,5 pontos em fevereiro e fecha o mês em 46,1, ante os 48,6 pontos de janeiro. Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem e, abaixo de 50, indicam variação negativa.
Apesar do recuo, a pesquisa mostrou que os estoques se mantiveram em nível próximo ao planejado e "as expectativas para os próximos seis meses se tornaram mais otimistas em março no tocante à demanda, compras de matérias-primas e, sobretudo, quantidade exportada". O indicador de demanda aumentou de 59,8 pontos para 60,7 pontos em relação à sondagem feita em fevereiro.
No mês, a capacidade instalada ficou em 70%, um ponto percentual abaixo da registrada no mesmo período de 2012. Os números fazem parte da Sondagem Industrial, divulgada hoje (28) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que ouviu, entre os dias 1º e 13 deste mês, 1.818 empresas: 664 pequenas, 694 médias e 460 grandes.
A expectativa de exportação passou de 53,9 para 54,6 pontos, o maior valor desde julho de 2012. Em nota, o gerente executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, disse que "apesar do fraco desempenho de fevereiro na comparação com janeiro, o destaque é o otimismo [com as] exportações para os próximos seis meses, que indica retomada das [vendas] de manufaturados, o que seria um estímulo adicional e importante para a recuperação da indústria no primeiro semestre do ano".
No que diz respeito ao nível de emprego, o índice passou de 48,7 para 49,8 pontos. Apesar da expectativa de emprego ter apresentado uma pequena queda de 53,5 pontos para 53,3 pontos, a pesquisa mostrou estabilidade no otimismo do setor.