A produção industrial caiu 3,2% em junho em relação a junho de 2014, a 16ª taxa negativa consecutiva nesta comparação, segundo dados da pesquisa Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada nesta terça-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar disso, o recuo foi menos intenso do que os observados em abril (-7,9%) e maio (-8,9%), também na comparação com igual mês do ano passado, notou o IBGE.

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O desempenho da indústria caiu 0,3% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal. No ano, a produção da indústria acumula queda de 6,3% até junho. Já em 12 meses, o recuo é de 5%. No segundo trimestre do ano a produção industrial caiu 6,7% em relação a igual período de 2014.

Bens de capital

A produção de bens de capital caiu 3,3% em junho ante maio, enquanto na comparação com junho de 2014 o indicador mostrou queda de 17,2%. No acumulado do ano, houve queda de 20,0% na produção de bens de capital em relação a igual período de 2014. Já no acumulado em 12 meses até junho, o recuo é de 15,4%.

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Em relação aos bens de consumo, a pesquisa registrou estabilidade na produção na passagem de maio para junho. Já na comparação com junho do ano passado, houve recuo de 2,4%. No acumulado do ano, a queda é de 8,6%, enquanto a taxa em 12 meses é de -5,6%.

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Na categoria de bens de consumo duráveis, o mês de junho exibiu redução de 10,7% na produção ante maio e queda de 2,4% em relação a igual período de 2014. Entre os semiduráveis e os não duráveis, a produção subiu 1,7% em junho ante maio e recuou 2,4% na comparação com junho do ano passado.

No caso dos bens intermediários, o IBGE informou que a produção diminuiu 0,2% em junho ante maio. Em relação a junho de 2014, essa atividade caiu 1,7%. No acumulado do ano, o instituto observou queda de 3,1% na produção, enquanto a taxa em 12 meses também ficou em -3,1%.

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Atividades

A produção industrial recuou em 15 das 24 atividades pesquisadas na passagem de maio para junho. As quedas mais significativas, segundo o órgão, foram registradas nos segmentos de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,7%) e de máquinas e equipamentos (-7,2%).

A produção de veículos automotores, reboques e carrocerias recuou 2,8% em junho ante maio, o terceiro principal impacto negativo no resultado geral da indústria, que teve queda de 0,3% na passagem do mês.

Os principais impactos negativos vieram de máquinas e equipamentos e de equipamentos de informática, nesta ordem. Também tiveram produção menor em junho as máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,3%), a metalurgia (-2,2%) e a indústria de borracha e plástico (-1,9%).

Do lado positivo, tiveram aumento na produção os setores de bebidas (+3,6%), de produtos alimentícios (+3,0%) e de perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (+1,7%).

O índice de média móvel trimestral da produção industrial registrou queda de 0,4% no trimestre encerrado em junho em relação aos três meses até maio.

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Revisão

O IBGE revisou o desempenho da produção industrial em abril ante março. A queda na atividade foi de 1,4%, mais do que o recuo de 1,2% apurado anteriormente. O órgão ainda revisou o desempenho da atividade em fevereiro ante janeiro deste ano, de queda de 1,3% para baixa de 1,4%.

Emprego na indústria recua 0,7% em junho, informou a CNI

O emprego na indústria registrou uma piora em junho, atingindo o menor nível desde dezembro de 2009. Ante maio, houve retração de 0,7% no nível de emprego. Em relação a junho de 2014, houve um recuo de 5,7%, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI) no levantamento Indicadores Industriais. Entre janeiro e junho deste ano, em comparação ao mesmo período de 2014, o nível de emprego acumula uma queda de 4,6%.

As horas trabalhadas tiveram queda de 1,1% em junho ante maio, a quinta queda consecutiva. Na comparação com o mesmo mês de 2014, a redução foi de 5,3%. De janeiro a junho, o indicador apontou um recuo de 8,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

A massa salarial real, por sua vez, teve a primeira alta em quatro meses, subindo 0,8% em junho, na comparação com maio. De acordo com a CNI, o aumento se deve tanto ao pagamento da primeira parcela do décimo-terceiro quanto aos valores pagos a título de rescisão contratual.

Em relação ao mesmo mês de 2014, houve queda de 4,7%. No acumulado do ano até junho, houve um decréscimo de 4,5%. Na avaliação da entidade, o nível de atividade industrial, que já era baixo, ficou ainda menor no mês de junho.