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A combinação perversa entre redução de investimentos pelos empresários e menor demanda das famílias levou a indústria ao pior agosto da história. A produção caiu 9% em relação a igual mês de 2014, uma queda sem precedentes na pesquisa, iniciada em 2003 pelo IBGE. Poucos segmentos ficaram no azul, mesmo numa época que costuma ser favorável, por causa das encomendas para o fim de ano. Na comparação anual, a produção cai há 18 meses, a maior sequência apurada pelo IBGE.

“Em termos de patamar, é como se a produção estivesse operando em maio de 2009”, disse André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE. Naquele ano, a atividade econômica sofria os impactos mais severos da crise mundial.

Para o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), o resultado do setor ao fim do ano deve ser mais negativo do que foi no pós-crise mundial. “O ano de 2015 será um dos piores da história da indústria. Muito pior e mais grave do que o de 2009.”

De 26 setores, só três cresceram: indústria extrativa, celulose e papel (com avanço nas exportações na esteira do câmbio) e bebidas, graças às temperaturas elevadas, que impulsionaram o consumo de cerveja, chope e refrigerante.

O restante das atividades mergulhou no negativo, com destaque para veículos, gasolina, diesel e equipamentos como televisores, computadores e celulares. A fabricação de bens duráveis cai à medida que o crédito fica mais caro.

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